sexta-feira, junho 6, 2025

Aulas do programa Elas no Front iniciam com 59 mulheres em formação para o mercado de TI

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Com o início das aulas no final de março, 59 mulheres deram oficialmente o primeiro passo em direção a uma nova trajetória profissional. Isso porque elas foram selecionadas pelo programa Elas no Front, promovido pela Growdev, empresa de educação e soluções tech de Campo Bom/RS. As participantes passaram por um processo seletivo que avaliou aspectos técnicos, comportamentais e outros critérios, e agora integram a primeira turma da iniciativa.

Lançado em fevereiro, o Elas no Front disponibilizou 120 vagas integrais para formação em desenvolvimento front-end, exclusivas para mulheres (cis e trans), com foco na inclusão de grupos sub-representados no setor de tecnologia. Das inscritas, 59 candidatas atenderam a todos os requisitos e garantiram a oportunidade de participar do curso. A capacitação é oferecida pela Growdev e integra o programa Starter+, que ainda prevê outras duas etapas voltadas a públicos específicos, como pessoas negras e LGBTQIA+.

Com carga horária de 200 horas, o curso é composto por videoaulas, materiais de apoio, leituras complementares, exercícios de fixação, avaliações, atividades e projetos práticos. Além disso, as alunas contam com mentorias ao vivo, suporte pedagógico e preparação para o mercado de trabalho, por meio do Núcleo de Empregabilidade da Growdev.

Para a líder do Elas no Front, Fernanda Fernandes, a expectativa é que as participantes concluam o curso não apenas com habilidades técnicas, mas também com confiança e senso de pertencimento no setor de tecnologia. “Ao oferecer uma formação de qualidade, aliada a uma rede de apoio e a oportunidades reais de conexão com o mercado, estamos formando profissionais completas, prontas para criar soluções inovadoras e transformar os ambientes em que atuam”, afirma.

Formação abre portas para mulheres em busca de oportunidades no setor tech

Após um processo seletivo com critérios como ser mulher (cis ou trans), ter 16 anos ou mais, estar cursando ou ter concluído o ensino médio e possuir acesso a computador e internet, o edital do Elas no Front contemplou 59 mulheres que atendiam a todos os requisitos.

Entre as selecionadas está Larissa Volfart da Rocha, 26 anos, moradora de Novo Hamburgo/RS. Dentista de formação, Larissa buscava uma transição de carreira, assim como muitas outras participantes do programa. “Sou dentista e faço uma pós-graduação em gestão, onde tive contato com uma cadeira de tecnologias aplicadas à saúde e me interessei muito. Já com vontade de migrar de carreira, comecei a pesquisar sobre áreas na tecnologia e me deparei com o desenvolvimento”, conta.

Ela diz que o Elas no Front surgiu como a oportunidade ideal: “já conhecia a Growdev, mas ainda não tinha conseguido iniciar um curso por questões financeiras. Quando vi o Starter+ Elas no Front, enxerguei como o momento certo para dar início à minha transição e entrar de vez no mundo da tecnologia, onde nós, mulheres, ainda precisamos de mais espaço”, complementa.

A igrejiense Júlia Roberta Bernardes Bickel, de 27 anos, também vê no programa uma virada de chave. “Estou em um momento de transição de carreira, buscando uma área que me proporcione crescimento, estabilidade e, principalmente, identificação com o que eu faço”, relata. Ela lembra que sempre teve interesse por tecnologia, e quando descobriu a iniciativa voltada especialmente para mulheres, sentiu que era o momento certo. “A proposta do programa, com foco na prática, no acolhimento e na inserção real no mercado, me chamou muito a atenção. Vi ali uma chance concreta de entrar em um universo onde sempre quis estar, mas não sabia por onde começar”, pontua.

Formação vai além da tecnologia

Além de ensinar linguagens como HTML, CSS, JavaScript e ReactJS, o curso também desenvolve competências comportamentais como resolução de problemas, trabalho em equipe e organização. Fernanda Fernandes diz que essas habilidades são essenciais para o sucesso no setor tech. “Enxergamos essas alunas como agentes de transformação. Ao concluírem o curso, elas ingressam no mercado com competência técnica e trazem vivências, visões e repertórios diversos que enriquecem os times dos quais fazem parte. Acreditamos que a presença dessas mulheres vai além da representatividade: elas têm potencial para inovar, liderar e inspirar outras pessoas”, enfatiza a líder do projeto.

Esse sentimento é compartilhado pelas participantes, que percebem a iniciativa como um reforço à presença feminina em um setor repleto de oportunidades. “A Growdev e as empresas parceiras estão contribuindo para um ambiente de desenvolvimento mais respeitoso e igualitário. Iniciativas como essa mostram que o nosso lugar também é na tecnologia”, destaca Larissa.

Já Júlia acredita que a capacitação abre portas para mulheres que, como ela, sempre tiveram curiosidade e vontade de entrar no mundo tech, mas não encontravam espaço, apoio ou representatividade. “Tenho certeza de que, com o conhecimento adquirido e o networking gerado, poderei conquistar oportunidades reais e começar uma carreira sólida como desenvolvedora”, conclui.

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