quinta-feira, novembro 21, 2024

Social tech cresce 80% no faturamento ao criar soluções para qualificar investimento social de corporações

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Especializada em gestão do investimento social de grandes empresas, a Simbi cresceu 80% no faturamento recorrente. A social tech especializada em gestão de investimento social de grandes empresas registrou aumento, também, no volume de capital gerido para as corporações, atingindo a marca de R$ 500 milhões. Um dos fatores para o aumento do faturamento é a criação de uma nova funcionalidade tecnológica na plataforma: o Mapa de Demanda Social. Por meio dessa ferramenta, a social tech reúne dados como o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) e a análise dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para que as empresas contratantes possam ter uma visão clara do panorama social local.

Com base em informações confiáveis, os clientes da Simbi têm a possibilidade de direcionar os recursos para territórios que requerem uma maior atenção – do ponto de vista socioeconômico e de oportunidades para os cidadãos –, maximizando o impacto social dos investimentos. Hoje, a social tech atende clientes como Unilever, Meta, ArcelorMittal, entre outros. Segundo Mathieu Anduze, cofundador da empresa, o Brasil vive um momento de amadurecimento na forma com que as corporações lidam com o investimento social privado.

“Há, por parte das grandes empresas, uma nova percepção de que o investimento social privado, via leis de incentivo ou recursos próprios, tem um potencial real de mexer no ponteiro da desigualdade. E, nesse processo, a tecnologia é uma grande aliada por trazer evidências e dados sobre como o capital investido pode ser mais bem empregado em prol do combate às vulnerabilidades sociais”, afirma Anduze.

Tecnologia em prol das demandas sociais

Segundo Tadeu Silva, cofundador e CTO da Simbi, de modo bastante tangível, a tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na criação de processos de investimento social privado, trazendo governança, mitigação de riscos e eficácia de ponta a ponta. “O Mapa é uma ferramenta poderosa que nos permite conduzir aportes financeiros com mais confiabilidade e integridade dentro do contexto do investimento social privado – e cumprindo uma agenda ESG das empresas que operam no Brasil”, afirma.

O desenvolvimento do Mapa de Demanda Social é parte do investimento da Simbi em soluções tecnológicas que possam potencializar o impacto do investimento social privado. Em 2017, a social tech desenvolveu o primeiro produto: a busca ativa, que permite acessar todos os projetos aprovados por lei de incentivo, utilizando robôs que examinam minuciosamente dados governamentais, concentram e organizam todas as informações em uma base de dados própria. Isso garante que as empresas (clientes da Simbi) tenham um panorama completo dos projetos disponíveis, eliminando vieses na tomada de decisão e possibilitando a seleção de projetos que estejam realmente alinhados com a estratégia de investimento da empresa.

Com a busca ativa, a equipe da Simbi criou a auditoria, que realiza uma due diligence em três níveis – conceitual, documental e de execução – de cada projeto. Isso traz uma segurança adicional para o investidor/patrocinador, garantindo que o investimento social seja feito de maneira segura seguindo o compliance no direcionamento.  “E não paramos por aí, desenvolvemos o módulo de triagem, no qual é possível centralizar todo o fluxo de escolha do projeto a ser investido, permitindo a segmentação por categorias, a aplicação de um scorecard com políticas e critérios específicos da empresa, e a centralização de todas as informações do projeto. Esse processo estruturado e sistematizado garante a conformidade em auditorias internas e reduz qualquer risco de falhas”, afirma Tadeu Silva, acrescentando que o Mapa de Demanda Social é parte dessa trilha em prol do impacto social positivo no Brasil.

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