sexta-feira, agosto 8, 2025

Biotecido reduz em 95% as emissões de CO2 em comparação ao couro tradicional

Compartilhar

Diante da crescente pressão global por soluções que respondam à crise climática, a  Muush, startup de biotecnologia 100% brasileira que transforma resíduos agroindustriais em um biotecido sustentável de micélio, vem alcançando avanços significativos em sua agenda ambiental. Com aparência e textura semelhantes às do couro tradicional, o material desenvolvido pela empresa pode ser aplicado nas indústrias da moda, moveleira e automobilística, apresentando uma redução de até 95% nas emissões de CO2 equivalente em comparação ao couro animal, além de uma pegada hídrica 99% menor.

A Muush também aprimorou seu processo produtivo, reduzindo o tempo de cultivo do micélio de 15 para 13 dias e ampliando sua capacidade de 80 para 270 m2. Os avanços estão detalhados no Relatório de Sustentabilidade 2024 da empresa, com base em uma Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) conduzida pelo Laboratório de Sistemas de Produção Sustentáveis (LESP), da UTFPR.

“Em 2024, aprendemos com a otimização dos processos, que estão ligados à redução do tempo de produção, minimização do uso de recursos e elevação da qualidade dos materiais. Para 2025, vamos implementar mudanças ainda mais significativas com base nessas lições, fortalecendo nosso compromisso com a economia circular”, afirma Antonio Carlos de Francisco, CEO da Muush.

Entre os avanços recentes, a Muush atingiu a meta de resíduo zero, eliminando o envio de descartes sólidos para aterros. A estratégia envolve a simplificação de etapas produtivas, com menor uso de recursos e menor geração de excedentes. Os materiais remanescentes passaram a ser reaproveitados integralmente pela Mush, empresa parceira, que atua na mesma cadeia.

Os objetivos para 2025 também refletem o compromisso com melhoria contínua  nos processos. A empresa planeja reduzir em 70% suas emissões de CO2 equivalente por quilograma de produto, manter a pegada hídrica abaixo de 0,05% do valor associado ao couro tradicional e garantir a meta de resíduo zero por meio do reaproveitamento completo dos subprodutos.

“Sabemos que nossas operações impactam o meio ambiente, a economia e as pessoas. Por isso, buscamos integrar práticas responsáveis em toda a cadeia, garantindo sustentabilidade de forma concreta e consistente”, reforça o CEO.

Leia Mais

Outras Notícias