A MAPFRE, companhia global de seguros e serviços financeiros, concluiu o plantio de 30 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica no interior de São Paulo. A ação integra o projeto ‘Floresta MAPFRE’, desenvolvido em parceria com a Reservas Votorantim, e tem como foco a recuperação ambiental de áreas degradadas no interior do Parque Estadual Carlos Botelho, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial Natural. Com 70% das mudas previstas já no solo, a seguradora inicia agora a fase de manutenção da área em restauração, considerada essencial para garantir o sucesso da regeneração da vegetação.
O projeto ‘Floresta MAPFRE’ ocupa uma área de 29,4 hectares de Mata Atlântica em degradação, localizado entre os municípios de São Miguel Arcanjo e Capão Bonito (SP), no Vale do Ribeira, e prevê o plantio de 42 mil mudas até o final do ano. A iniciativa foi desenhada para promover a recuperação ecológica de áreas degradadas, com foco na compensação de emissões de carbono e na proteção da biodiversidade local.
A diretora de sustentabilidade da MAPFRE, Fátima Lima, explica que a restauração florestal depende de um acompanhamento rigoroso. “Restaurar a floresta não é apenas plantar. É acompanhar, ajustar, e garantir que aquela área realmente volte a funcionar como ecossistema. É nesse processo que se define a efetividade do plantio e a capacidade da área regenerada de se transformar, de fato, em floresta”, explica a executiva.
Nos próximos três anos, a área em restauração passará por manutenção e avaliação constantes. Esta fase inclui o controle de espécies invasoras, adubação seletiva, podas e verificações periódicas da taxa de sobrevivência das mudas e do desenvolvimento do ecossistema. O objetivo é garantir que as árvores alcancem o estágio de maturidade necessário para a captura de carbono e recomposição da paisagem.
Quando maduras, mudas vão sequestrar 5 mil toneladas de CO2
As espécies utilizadas no plantio foram selecionadas com base em critérios ecológicos específicos do bioma. Entre elas, estão Embaúba Vermelha (Cecropia glaziovii) e Embauba branca (Cecropia pachystachya), Gabiroba (Campomanesia xanthocarpa), Ipê-rosa (Handroanthus serratifolius) e Jaracatiá (Jacaratia spinosa), que favorecem a formação de corredores ecológicos, a contenção de espécies exóticas e a oferta de alimento e abrigo para a fauna silvestre da área.
O projeto integra a estratégia de descarbonização da MAPFRE, voltada à compensação de emissões dentro da própria cadeia de valor da companhia. A expectativa é que o reflorestamento contribua para neutralizar 5,1 mil toneladas de gás carbônico em 2028, parte do compromisso global da empresa de atingir emissões líquidas zero até 2050.
Além do componente ambiental, a ação tem foco social. Toda a operação envolve mão de obra local, desde a produção das mudas em viveiros até o plantio e a manutenção do terreno, o que contribui para a geração de renda e capacitação técnica em comunidades do entorno.
“O projeto foi estruturado para entregar resultados mensuráveis, tanto em carbono quanto em impacto social e ambiental e, para isso, seguimos padrões técnicos rigorosos, com auditoria independente e foco em soluções baseadas na natureza”, afirma Fátima, da MAPFRE.
“A iniciativa do ‘Floresta MAPFRE’ é de grande importância para a região, para o bioma e para o clima. Ao incluir a comunidade local no trabalho de recuperação de um território que integra o maior corredor de Mata Atlântica do país, mostramos que as florestas apresentam soluções viáveis para o combate ao aquecimento global, ao mesmo tempo em que promovem o desenvolvimento socioeconômico local por meio da geração de emprego e renda”, diz Cícero Homem de Melo, coordenador de negócios da Reservas Votorantim.
A conclusão do plantio das mudas restantes está prevista para o próximo período de chuvas, entre o final deste ano e o início de 2026.