domingo, julho 13, 2025

Unilever anuncia parceria com Ultragaz para adotar biometano em fábrica em São Paulo

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A fábrica do Grupo Unilever em Vinhedo (SP) passou a operar com biometano, substituindo o uso de gás natural, em junho de 2025. A transição irá zerar as emissões de carbono (CO2) da caldeira industrial que supre a energia necessária no processo produtivo, evitando que mais de 3 mil toneladas de CO2 por ano cheguem à atmosfera. O abastecimento por biometano é inédito na companhia e posiciona a unidade como referência global em sustentabilidade. A iniciativa reforça o compromisso mundial da Unilever em zerar as emissões absolutas de Gases de Efeito Estufa (GEE) em suas operações (escopo 1 e 2) até 2030.

O abastecimento de 2 milhões de m3 de biometano por ano será fornecido pela Ultragaz com material produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos de aterros sanitários como o localizado em Caieiras, na Grande São Paulo. Além de ser uma fonte de energia limpa e renovável e com zero emissão de CO2, o biometano ainda contribui para a mitigação dos impactos ambientais dos aterros sanitários e evita que o metano (CH4) – um gás até 80 vezes mais nocivo que o dióxido de carbono – seja liberado no meio ambiente, contribuindo duplamente para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas.

“Esse foi um projeto construído por uma equipe multidisciplinar Unilever em parceria com a Ultragaz com o objetivo de encontrar a tecnologia certa,  trazendo o benefício de uma energia limpa e segura para nossa fábrica e nossa comunidade. Com isso, estamos dando um importante passo em direção ao nosso compromisso global com o planeta e progredindo na meta de redução de nossas emissões de Gases de Efeito Estufa”, afirma Fabio Rodrigues, diretor da fábrica da Unilever em Vinhedo.

A iniciativa em Vinhedo, onde se fabricam produtos líquidos, como linhas de tratamento para cabelos de Dove e Omo Lava Roupas Líquido, se une a outras ações de descarbonização da companhia no Brasil. Essa é a terceira planta da Unilever Brasil a utilizar energia limpa. Somadas, em torno de 40 mil toneladas de CO2 deixam de ser emitidas por ano, o equivalente a 72 mil viagens do Rio a São Paulo em um carro a gasolina.

Desde 2023, a maior fábrica de alimentos da Unilever na América Latina, localizada em Pouso Alegre (MG), onde se produz a maionese Hellmann’s, opera com um biodigestor que transforma resíduos orgânicos gerados no processo produtivo em biogás. Já em Indaiatuba (SP), a maior fábrica de sabão em pó no mundo gera energia a partir do eucalipto certificado, em sua própria planta de biomassa, para produzir as linhas de marcas como Omo e Surf.

“A Ultragaz está apoiando a transição energética da indústria brasileira e a parceria com a Unilever representa mais um passo estratégico nesse caminho. A distribuição de biometano contribui para uma operação mais eficiente e sustentável para a Unilever e tem um papel chave na diversificação da matriz energética no País”, afirma Erik Trench, diretor de gases renováveis da Ultragaz.

Como funciona o biometano

O biometano é um combustível gasoso produzido pela purificação do biogás. Obtido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, o biogás bruto é composto por metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2). Posteriormente, passa por um processo para remover o CO2 e reduzir o teor de água até atingir uma concentração de 90% de metano, o que o torna mais limpo e eficiente. Este biocombustível é compatível com a infraestrutura de gás natural de fábricas e de GNV dos automóveis.

 O transporte do biocombustível até a fábrica da Unilever em Vinhedo é feito por caminhões movidos pelo próprio biometano, sem a necessidade de dutos, nem veículos a combustão, o que torna a operação ainda mais eficiente e limpa.

Para viabilizar a transição, a Unilever realizou investimentos em infraestrutura e a Ultragaz ficou responsável por todo projeto e instalação da central de recebimento do biocombustível para abastecimento das caldeiras. “Por ser intercambiável com o gás natural, o biometano se mostra uma alternativa viável, eficiente e estratégica para descarbonizar a indústria sem necessidade de alterações significativas nos processos existentes” – explica o diretor da fábrica da Unilever.

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