No setor industrial, onde a gestão de resíduos ainda é um dos principais desafios ambientais, a Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, vem se destacando por práticas cada vez mais alinhadas à economia circular. A companhia reforça esse compromisso ao apresentar os avanços de suas unidades na Bahia e em São Paulo: cerca de 85% dos resíduos industriais tiveram rotas de reaproveitamento, tanto internamente quanto por meio de reciclagem externa; já em Lençóis Paulista (SP), 57% do volume gerado foi destinado, em 2024, a processos de beneficiamento com foco na produção de insumos agrícolas e florestais.
Os resultados refletem uma atuação consistente, baseada em soluções que transformam resíduos industriais em subprodutos com valor ambiental, econômico e operacional, fortalecendo a lógica da bioeconomia circular. Em Camaçari, resíduos como lodo, cinzas e resíduos calcíticos são encaminhados a parceiros para aplicações como coprocessamento, produção de corretivos de solo, hidrossemeadura, compostagem, artefatos cerâmicos e até telhas de fibrocimento.
“Ao transformar resíduos em recursos, a Bracell contribui para fortalecer uma cadeia industrial mais sustentável, eficiente e conectada com os desafios ambientais do nosso tempo. É dessa forma que buscamos fazer a diferença em cada detalhe”, destaca Angela Ribeiro, gerente de sustentabilidade da unidade de Camaçari.
Entre os subprodutos gerados pelas operações da empresa, destacam-se insumos que podem ser usados como adubo, corretivo de solo, combustível para outras indústrias, além de aplicações como hidrossemeadura e produção de tapetes higiênicos. Esses resíduos, uma vez tratados, deixam de ser classificados como resíduos e passam a integrar uma cadeia de valor mais ampla e sustentável.
Na unidade de São Paulo, a valorização de resíduos ocorre por meio de um processo interno de gaseificação da biomassa excedente do preparo de cavacos, que resulta na geração de gás de síntese usado como combustível nos fornos, reduzindo a dependência de gás natural.
“Todos os resíduos industriais são tratados de forma adequada, conforme as normas ambientais. Os que ainda não têm rotas de reaproveitamento aprovadas — como dregs, grits, nós, palitos e cinzas da caldeira de biomassa — são destinados a aterros industriais licenciados”, explica Victor Barbierato, gerente de qualidade e meio ambiente da Bracell em São Paulo. Segundo ele, a empresa mantém uma carteira ativa de projetos para valorização desses resíduos, com aplicações em estudo nas áreas de construção civil, madeira e papel.
Bracell 2030: um futuro próximo e sustentável
O reaproveitamento de recursos faz parte de um compromisso maior da Bracell: a Agenda Bracell 2030. Lançada em 2023, a estratégia da companhia reúne 14 metas que guiam sua atuação em quatro eixos prioritários — ação climática, biodiversidade, produção responsável e desenvolvimento das comunidades.
Nesse contexto, a gestão de resíduos se consolida como um dos focos da agenda, com o objetivo de reduzir em 90% o volume destinado a aterros até o fim da década. A empresa também mantém uma busca contínua por novos usos e rotas de aproveitamento para os resíduos que ainda não têm destinação alternativa, com estudos em andamento nas áreas de infraestrutura, fertilizantes e construção civil.
“A economia circular é fundamental para a indústria de celulose atual. Ao reaproveitar resíduos, conseguimos reduzir impactos ambientais e, ao mesmo tempo, gerar ganhos operacionais e econômicos. É dessa forma que transformamos desafios em oportunidades reais de inovação e competitividade”, afirma João Augusti, gerente de Sustentabilidade da Bracell.
Com foco em inovação, excelência operacional e responsabilidade socioambiental, a companhia segue investindo em soluções que ampliam o impacto positivo de suas operações e consolidam sua posição como referência global em celulose sustentável.