quinta-feira, junho 26, 2025

Melhoramentos inaugura nova fábrica de embalagens Biona e apresenta estudo inédito de pegada de carbono

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A Melhoramentos – companhia de capital aberto com atuação nos setores editorial, de base florestal renovável e desenvolvimento imobiliário (Altea) – acaba de inaugurar sua nova fábrica de embalagens sustentáveis, denominada Biona. Localizada em Camanducaia, no Sul de Minas Gerais — região onde a Melhoramentos mantém há mais de 80 anos operações florestais sustentáveis para extração de fibras de celulose de alto rendimento — a unidade marca a entrada da companhia em uma nova frente de negócios com foco em inovação e sustentabilidade 

Biona é também a marca das embalagens desenvolvidas a partir de matéria-prima renovável, que unem alto desempenho e uma tecnologia de barreira exclusiva, oferecendo uma excelente experiência de uso para o consumidor final. Ao lançar a nova marca, a companhia também apresenta os resultados de um estudo inédito sobre a pegada de carbono de diferentes tipos de embalagens, que aponta a Biona como uma das alternativas com menor índice de emissões de gases de efeito estufa entre as analisadas: 22,37 gCO₂e por unidade. Com a nova operação, a Melhoramentos reforça seu propósito de desenvolver soluções que contribuam para a construção de um futuro mais sustentável, com impacto positivo ao meio ambiente e em toda a cadeia produtiva. 

Com um investimento inicial de R$ 40 milhões, apoiado pela FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a nova fábrica terá capacidade de produção de 60 a 80 milhões de embalagens ao ano e a geração de 40 novos empregos na região. 

A Biona deve atender, inicialmente, ao setor de alimentos, já que é projetada para resistir à gordura, umidade e temperaturas extremas, podendo ser usadas desde o freezer até o forno a 220 graus ou aparelhos airfryer, substituindo com eficiência as embalagens de plástico de uso único. Além disso, um dos seus principais atributos é que ela é compostável, se decompondo em 75 dias. 

“A inauguração da Biona representa um passo estratégico e consolida nossa jornada de transformação. Estamos unindo nossa experiência em base florestal renovável a tecnologias inovadoras para oferecer uma solução de embalagem zero plástico, alinhada a um dos maiores desafios do mercado. Com a Biona, passamos a ser um parceiro de soluções em embalagens para o setor industrial, reforçando nosso compromisso com o futuro”, declara o CEO da Melhoramentos, Rafael Gibini. 

O executivo destaca a integração vertical da Melhoramentos — da produção de madeira à celulose — como um diferencial que viabiliza embalagens com custo competitivo em relação ao plástico e benefícios ambientais ao longo da cadeia produtiva, resultando em um produto com menor emissão de CO₂.

Para marcar o início das operações, a Melhoramentos divulga o resultado do estudo inédito “Pegada de carbono: embalagem de polpa moldada e similares”, realizado pela Planton – empresa que oferece soluções para a mensuração de emissões de gases de efeito estufa. Assim como a Melhoramentos, a Planton é uma empresa B certificada e possui seu inventário de emissões mais recente registrado com selo ouro no Programa Brasileiro do GHG Protocol. 

A Análise de Ciclo de Vida (ACV) teve como objetivo avaliar o desempenho climático das embalagens Biona, mensurando seus benefícios por meio da comparação da pegada de carbono com as principais soluções utilizadas no setor alimentício e disponíveis no mercado. De acordo com as análises, a Biona registrou o menor índice de emissões de gases de efeito estufa entre as alternativas avaliadas, totalizando 22,37 gCO₂e, considerando a unidade funcional equivalente a uma embalagem com capacidade para 350 ml. 

O levantamento também apresentou um comparativo direto entre Biona e outras embalagens com a mesma capacidade (350 ml), amplamente utilizadas no mercado brasileiro. Com a taxa de 22,37 gCO₂e, a Biona demonstrou desempenho significativamente superior: suas emissões são 68% menores do que as de embalagens de polietileno (plástico moldado), que atingem 69,91 gCO₂e; 59% inferiores às de embalagens de polpa moldada de origem chinesa (54,72 gCO₂e); 51,5% menores que as de embalagens de polietileno tereftalato (PET), com 46,08 gCO₂e; 39,62% abaixo das emissões geradas por embalagens de polipropileno (39,62 gCO₂e); e 30% inferiores às das embalagens de papel cartão revestidas com polietileno (31,99 gCO₂e). 

Ao substituir um bowl de 350ml de plástico (39,62 gCO₂) por um bowl de 350ml de Biona (22,37 gCO₂), em um volume de 1 milhão de unidades por ano, a redução de carbono chega a 17,4 toneladas de CO₂. Isso equivale a:

  • 12,9 milhão de viagens de carro de 10 km
  • 3,2 voltas ao redor da Terra com um carro a gasolina
  • 319 voos individuais no trecho São Paulo – Rio 
  • Consumo anual de energia de 145 residências 
  • Energia para carregar 9,1 milhões de smartphones, considerando que cada carregamento usa cerca de 35 Wh

O levantamento revelou que o impacto ambiental das embalagens analisadas, medido pelo Potencial de Aquecimento Global (GWP 100) em gramas de CO₂ equivalente por embalagem, varia significativamente de acordo com o material e o peso. Os resultados ressaltam a importância de considerar esses fatores na escolha de embalagens para reduzir a pegada de carbono. Nesse contexto, a Biona, fabricada no Brasil pela Melhoramentos, destacou-se como uma alternativa eficiente, equilibrando peso e emissões e apresentando um baixo impacto de carbono em comparação às demais soluções do mercado. 

O estudo considerou fontes primárias, fornecidas pela Melhoramentos e cooperativas de reciclagem, e secundárias (base de dados Ecoinvent 3.10) e seguiu as diretrizes da norma ISO 14067, além das normas ISO 14040, ISO 14044 e do GHG Protocol. A abordagem utilizada foi “do berço ao túmulo”, contemplando todo o ciclo de vida da embalagem, da extração da matéria-prima ao descarte final. 

“O estudo sobre a pegada de carbono da Biona foi além das nossas expectativas. Por ser um produto feito a partir de matéria-prima renovável, esperávamos um bom desempenho de emissões, mas um índice de apenas 22,37 gCO2coloca a Bionacomo uma inovação que, ajudará, de fato, as demais indústrias em suas metas de redução de CO2 e da geração de resíduos plásticos”, destaca a diretora de Inovação e Novos Negócios da Melhoramentos, Carolina Alcoforado. 

Principais diferenciais da Biona:

  • A Biona pode ser descartada tanto no lixo orgânico ou composteiras (onde se decompõe em 75 dias), quanto no lixo reciclável, pois se reciclada, volta a ser papel;
  • É uma embalagem de alta-performance de base renovável, colaborando para a redução da pegada de carbono das empresas.
  • A produção local destaca-se também como um diferencial estratégico, uma vez que a fábrica no Brasil garante um abastecimento seguro e ágil para os grandes players do mercado nacional, fortalecendo a cadeia produtiva e oferecendo soluções rápidas e eficientes.
  • Seu design é personalizado, conforme a necessidade de cada cliente, para resistir à água, óleo, umidade e temperaturas extremas, podendo ser usada desde o freezer até o forno a 220 graus e aparelhos airfryer.
  • Substitui com eficiência o plástico de uso único, especialmente para o setor de alimentos.
  • A integração vertical da Melhoramentos na produção de madeira e celulose permite o desenvolvimento de embalagens a um custo competitivo em relação ao plástico.
  • A Melhoramentos é a primeira empresa brasileira a produzir em larga escala uma embalagem de alta performance com matéria-prima renovável a partir da fibra de celulose, resistente a altas temperaturas, óleo e água.

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