A World Climate Foundation, organização global que há 16 anos conduz coalizões intersetoriais na COP, fará em Londres, em 26 de junho, seu principal evento de mobilização de capital para a COP30. A fundação vai realizar a 4ª edição do World Climate Investment Summit na LSEG (the London Stock Exchange Group), reunindo investidores institucionais, formuladores de políticas públicas, bancos de desenvolvimento e desenvolvedores de projetos. Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, será uma das palestrantes
André Aquino, assessor especial de Economia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, abordará a COP30 como oportunidade de financiamento para natureza e florestas, e iniciativas federais para destravar investimentos de proteção ambiental, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), entre outras.
O World Climate Investment Summit é o primeiro grande passo no caminho do financiamento para a COP30, com o objetivo de mobilizar recursos privados em escala junto ao financiamento público, direcionado a soluções climáticas e naturais. Os resultados do encontro em Londres vão se conectar às discussões e moldagem de resultados do World Climate & Biodiversity Summit, em Nova Iorque (setembro) e da Cúpula Mundial do Clima, em Belém (novembro).
A World Climate Foundation vem realizando rodadas de negociações desde Davos, em janeiro. Em junho, a instituição se encontrou com o mercado financeiro em São Paulo, para o lançamento de sua agenda de ações para a cúpula em Belém, a maior que a entidade já programou em 16 anos de COP.
“Agora, em Londres, começa a jornada de entrega. Vamos alinhar o financiamento público e privado com foco no que precisa acontecer antes da COP30, especialmente em relação à implementação, não apenas aos compromissos. Oferecemos, tanto aos investidores, quanto aos formuladores de políticas públicas, o espaço para conversas francas e focadas sobre as ferramentas, incentivos e parcerias necessárias para movimentar recursos”, afirma o economista Jens Nielsen, fundador e CEO da World Climate Foundation.
A Climate Investment Coalition (CIC) e a The Nature Investment Coalition (NIC), coalizões intersetoriais formadas pela instituição, estarão com seus membros em Londres, apresentando novas estruturas de investimento que podem ser implementadas em Nova Iorque e em Belém.
Priorizando finanças e investimentos, o evento é propício para tomadores de decisão, como limited partners, general partners, fundos soberanos, bancos de desenvolvimento e equipes de finanças corporativas. Cada rodada é elaborada com base em resultados reais, como novas categorias de ativos, estruturas combinadas, visibilidade do pipeline e sinais políticos.
“Londres é onde começamos a moldar a arquitetura financeira almejada para a COP30, discutindo ferramentas de redução de risco, estruturas de políticas, sinais de mercado e fluxos de capital. O que começa no World Climate Investment Summit, em Londres, influencia diretamente as negociações da World Climate & Biodiversity Summit, em Nova Iorque, e a Cúpula Mundial do Clima, em Belém. Nós chegaremos à COP30 com parceiros, planos e capital prontos para começar a implementar as metas do Acordo de Paris”, declara Nielsen.
Empresas como Vale, Capgemini, Cathay Financial Holdings, EY, Aya Earth Partners, Climate Policy Initiative, iCS (Instituto Clima e Sociedade), GRI, Pátria Investimentos, Instituto Arapyaú e FinDevCanada, entre outros, estarão no World Climate Investment Summit, em Londres.
Flora Bitancourt, líder da World Climate Foundation no Brasil, ressalta a importância dos esforços privados junto aos governamentais para que a COP30 seja emblemática no histórico das negociações climáticas. “Criamos ambientes propícios ao investimento, especialmente em mercados emergentes, e convidamos formuladores de políticas e parceiros técnicos para este encontro, em que líderes financeiros globais lançam o impulso de investimento climático, moldando o caminho financeiro para a COP30”, diz Flora.