Itens de uso único, como copos e canudos, lideram o volume de poluição plástica do planeta. Estima-se que mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente e, de acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), dois terços desse montante são de curta duração, ou seja, se tornam lixo em pouco tempo.
Com baixa reciclabilidade e decomposição lenta, esses materiais causam problemas sistêmicos, em uma cadeia que vai dos oceanos e animais marinhos à saúde humana. Mas existem caminhos alternativos que podem transformar essa realidade. Ainda de acordo com o relatório “Turning off the tap”, produzido pelo PNUMA, é possível reduzir a poluição plástica em 80% até 2040, mas, para isso, países e empresas precisam fazer mudanças profundas nas políticas e no mercado.
Altamente reciclável e produzido com recursos de origem vegetal e renovável, o papel é um produto com enorme potencial para protagonizar a mudança. Seja com fibras virgens ou por meio da reciclagem, o processo produtivo do papel no Brasil se configura de forma mais circular, já que é mantido por insumos provenientes de florestas de manejo sustentável ou de material oriundo do pós-consumo.
Com olhar apurado para questões ambientais, a Ibema, terceira maior produtora de papelcartão do Brasil, oferece soluções de alta qualidade para o mercado das embalagens, garantindo alta performance, rigidez e uniformidade para diferentes necessidades. O Ritagli é uma dessas opções. Feito com até 55% de fibras recicladas, sendo 35% de aparas pós-consumo, esse produto transmite premissas de responsabilidade socioambiental ao consumidor final e está alinhado à PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos).
“Sabemos que a indústria de bens de consumo vem se posicionando com metas agressivas para reduzir o uso do plástico, estipulando percentuais de uso de embalagens recicláveis, recicladas, reutilizáveis, compostáveis e biodegradáveis. Na Ibema, buscamos continuamente ser referência em economia circular, posicionamento que vai de encontro com essa nova tendência de mercado. O papelcartão já comprovou ser um excelente substituto para as embalagens plásticas, então acredito que estamos no caminho certo”, declara Julio Jubert C. Guimarães, diretor comercial da companhia.
Com duas fábricas em funcionamento, a empresa mantém uma unidade fabril em Embu das Artes com foco total em reciclagem que, além de contribuir de forma sólida na gestão eficiente de resíduos, fomenta a economia circular e o desenvolvimento local. Por meio de uma parceria com a Green Mining, startup de logística reversa inteligente, a companhia instalou um container do projeto Estação Preço de Fábrica no local. Lá, pessoas físicas, comerciantes e cooperativas podem deixar resíduos de vidro, papelão, papel branco e papelcartão. Todo o material é pesado e, por eles, são pagos valores justos, similares aos praticados atualmente pelo mercado. O papelcartão arrecadado é utilizado no ciclo produtivo da Ibema, enquanto os demais resíduos são encaminhados para a destinação adequada.
De acordo com o executivo, a lógica da economia circular de reduzir o desperdício e criar valor é vantajosa para o planeta e também para o bolso. “Essa tendência será cada vez mais observada em todos os setores e precisamos fazer com que a consciência coletiva prevaleça, atingindo grandes corporações até os pequenos empreendedores, responsáveis por parte significativa das empresas brasileiras”, finaliza Julio.