A thyssenkrupp reforça seu compromisso com a gestão sustentável de resíduos sólidos no Brasil ao expandir o uso de biodigestores em suas unidades industriais. Após a implementação da tecnologia em Campo Limpo Paulista e São Paulo (SP) e Itajaí (SC), a fábrica automotiva de Ibirité (MG) adotou o equipamento para o tratamento de resíduos orgânicos dos refeitórios, ampliando o impacto positivo da iniciativa.
Desde o início da implementação dos biodigestores, a thyssenkrupp já tratou quase 200 toneladas de resíduos orgânicos – o equivalente ao volume de lixo produzido por mais de 600 residências brasileiras no mesmo período –, evitando o descarte em aterros sanitários. Com isso, a empresa deixou de emitir aproximadamente 300 toneladas de CO₂ equivalente – o mesmo que retirar mais de 60 veículos das ruas por um ano –, contribuindo para a redução do impacto ambiental e o fortalecimento da economia circular. Esse número também pode ser equiparado ao plantio de mais de 5 mil árvores.
O biodigestor automático é uma tecnologia inovadora e ainda pouco utilizada no Brasil. Seu funcionamento combina um processo eletromecânico com um composto biológico que, por meio de micro-organismos, transforma os resíduos orgânicos em “água cinza”, totalmente segura para descarte no sistema de esgoto. Na thyssenkrupp, esse processo é complementado pelo tratamento de efluentes realizado internamente em Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs), reforçando a segurança ambiental.
Outro benefício da solução é a redução no consumo de energia elétrica, já que os resíduos orgânicos deixam de ser armazenados em câmaras frias. O biodigestor, além de consumir pouca energia, elimina odores desagradáveis e a presença de vetores como pombos e insetos. Operando 24 horas por dia, sete dias por semana, ele trata os resíduos assim que são gerados, garantindo um processo contínuo e eficiente. Além de impedir a liberação de metano e CO₂, o uso do biodigestor também elimina as emissões relacionadas ao transporte desses resíduos para locais de processamento.
A thyssenkrupp assumiu o compromisso de ser net zero até 2050 ou antes. Até 2030, a meta global é reduzir em 30% as emissões diretas de CO₂ associadas aos processos produtivos e ao consumo de energia. A gestão eficiente de resíduos é um dos pilares dessa estratégia.
Quando descartados em aterros sanitários, os resíduos orgânicos geram biogás durante sua decomposição. Esse biogás é composto principalmente por CO₂ e metano – um gás de efeito estufa até 28 vezes mais potente que o CO₂. De acordo com especialistas, o setor de saneamento no Brasil é responsável por cerca de 90 MtCO₂ por ano, representando 5% das emissões nacionais. A adoção de tecnologias como os biodigestores é, portanto, fundamental para mitigar os impactos ambientais desse setor.