Durante o Junho Verde, mês dedicado à conscientização ambiental, o CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) destaca sua atuação no Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) — iniciativa promovida em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo—, que contribui na construção de ambientes mais sustentáveis por meio de ações de educação socioambiental, integrando o cuidado com a saúde e o bem-estar da população.
O programa teve início no CEJAM em 2015 e, desde então, foi responsável pela implantação e manutenção de hortas comunitárias e educativas, revitalização de espaços públicos antes degradados, ampliação de pontos de entrega voluntária de resíduos e pelo monitoramento da saúde de cerca de 300 catadores de materiais recicláveis.
Ao longo da década, plantou aproximadamente 1.300 mudas de árvores, realizou o mapeamento e monitoramento de 77 nascentes e, em 2024, promoveu acastração de cerca de 200 animais domésticos, por intermédio do APA (Agentes de Promoção Ambiental).
Integrar saúde e meio ambiente é um dos principais objetivos do PAVS. “O programa se conecta diretamente com os princípios da Atenção Básica e da Estratégia Saúde da Família, que fortalecem ainda mais a sua atuação”, afirma Michele Assunção, gestora local do PAVS CEJAM.
As iniciativas se adaptam às especificidades de cada comunidade e são construídas de forma participativa, em parceria com a população local. Entre os destaques, por ser comum a diversas unidades, estão o projeto “Onde Nasce o Lago, Tem Água Pura!”, que realiza o monitoramento da qualidade da água de nascentes de parque municipais do território e promove ações de sensibilização comunitária; o projeto Viveiro de Mudas, que fortalece a agricultura urbana com a produção de mudas utilizadas em hortas comunitárias e educativas; o projeto de Revitalização de Espaços Públicos, que transforma áreas degradadas em espaços de lazer e convivência; e o projeto Magrão – Teoria do Elo e Guarda Responsável, que aborda a relação entre a violência contra animais e outras formas de violência, em articulação com a Atenção Primária à Saúde.
A educação ambiental é um dos pilares do programa, especialmente em comunidades em situação de vulnerabilidade. “Atuamos com metodologias participativas, que valorizam os saberes locais e estimulam a reflexão crítica sobre os problemas ambientais que impactam a saúde”, destaca a gestora. “Nosso propósito é gerar autonomia, consciência e protagonismo na transformação dos territórios”.
Para Michele, a promoção da conscientização é o primeiro passo para a transformação. “Acreditamos que quando a população compreende a conexão entre meio ambiente e saúde, passa a ser protagonista das mudanças no ambiente”. Segundo ela, a campanha Junho Verde reforça a importância da sustentabilidade como princípio da saúde pública. “Sustentabilidade não é uma escolha isolada, mas um caminho fundamental para a construção de uma saúde pública mais eficiente, justa e integral”, finaliza.
