sábado, junho 14, 2025

Para sustentar demanda por biomassa, Cargill pode chegar a 40 mil hectares de florestas de eucalipto

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Por meio do aumento do número de parcerias florestais, a Cargill pretende ampliar para até 40 mil hectares de áreas dedicadas ao cultivo de eucalipto, até 2029, o que corresponde a 80% da sua demanda. Reforçar a disponibilidade de biomassa é um movimento estratégico para sustentar o crescimento das operações da Cargill, associado à meta de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 30% por tonelada de produto até 2030, no escopo 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organizações das Nações Unidades (ONU).

Para acompanhar o aumento da demanda por biomassa projetada, a Cargill pretende fazer com que aproximadamente 80% de todo o volume seja oriundo de seu programa de parcerias florestais que já opera em sete estados brasileiros e no Paraguai. Essa iniciativa vem apresentando a silvicultura como fonte de renda para produtores rurais que dedicam uma área de sua propriedade para que a Cargill fique responsável pelos custos de plantio e manutenção do eucalipto, além de todo respaldo ambiental.

Atualmente, o consumo anual de biomassa da Cargill na América do Sul é de 1,6 milhão de toneladas, utilizadas na geração da energia térmica e na cogeração de energia elétrica em 18 plantas e 70 armazéns mantidos pela empresa no Brasil e no Paraguai. Quase todo o vapor destinado ao processamento da soja nas fábricas brasileiras da Cargill é proveniente da queima de biomassa. O eucalipto, na forma do cavaco, é a principal biomassa utilizada pela empresa na geração de energia.

Uma das vantagens do eucalipto é a sua alta eficiência energética e rápida capacidade de renovação. “Além de ter alto poder calorífico, o eucalipto consegue renovar sua floresta a cada seis anos, período em que ocorre o processo de captura de carbono, antes da conversão em fonte energética”, explica Bruno Haipek, líder da área de Recursos Florestais e Biomassa da Cargill para América do Sul.

Qualificação de fornecedores

Situadas em um raio de até 130 quilômetros das plantas da Cargill, as áreas de cultivo de eucalipto da empresa, mantidas pelo programa de parcerias florestais, estão distribuídas no entorno de Uberlândia (MG), Castro e Ponta Grossa (PR); Goiânia, Itumbiara e Rio Verde (GO); Primavera do Leste (MT), Três Lagoas (MS), Luís Eduardo Magalhães (BA) e Minga Guazu (Paraguai). Essas áreas de silvicultura já somam 22 mil hectares, mas poderão chegar a 40 mil hectares, até 2029. “A tendência é de expansão quando há viabilidade técnica e econômica”, sinaliza Haipek. Em um futuro próximo, a empresa pretende começar a desenvolver parcerias em Anápolis (GO), Cachoeira do Sul (RS), Porto Nacional (TO).

O processo de identificação e seleção dos parceiros conduzidos pela Cargill busca assegurar que todo o eucalipto utilizado como biomassa seja produzido de forma ambientalmente correta e de acordo com os padrões de sustentabilidade da empresa. “Seguimos um rigoroso processo de qualificação de fornecedores, por meio do qual toda a documentação é avaliada por nossa área de Compliance”, destaca Haipek.

Para o pecuarista Rubens Ribeiro Reis, que há dois anos mantém uma parceria florestal com a Cargill em Prata (MG), as condições oferecidas pela empresa trazem segurança ao produtor rural. “Começamos com uma área de 250 hectares, mas já estamos chegando a 800 hectares. Em breve serão mil hectares. É uma ótima parceria”, avalia. Uma das vantagens apontadas por Rubens é o fato de que o eucalipto pode ser cultivado em áreas degradadas. “Estamos muito satisfeitos”, frisa.

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