sábado, junho 14, 2025

Unit desenvolve pesquisas que unem ciência e sustentabilidade

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Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Universidade Tiradentes (Unit), reconhecida pelo seu ecossistema de ensino e pesquisa no Nordeste, reforça seu protagonismo por desenvolver tecnologias voltadas à transição energética e ao uso sustentável dos recursos naturais. Com mais de 100 patentes registradas, a instituição alia ciência, inovação e sustentabilidade para impulsionar soluções que geram impacto econômico e respondem aos desafios ambientais da atualidade.

“Mais do que formar profissionais, o ambiente dinâmico da Universidade promove inovação aliada ao conhecimento com valor social, ambiental e econômico. Reflexo disso são as pesquisas que nossos professores realizam dentro dos Programas de Pós-Graduação, em parceria com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa, que refletem compromisso com a construção de um futuro sustentável”, afirma o vice-reitor da Unit, Jouberto Uchôa de Mendonça Junior.

Patentes – A Unit tem se consolidado como referência em inovação sustentável ao desenvolver patentes por meio do robusto ecossistema educacional e de pesquisa instalado em seu campus Farolândia, em Aracaju, que inclui o Tiradentes Innovation Center (TIC) e o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). As tecnologias incluem biocombustíveis, biolubrificantes, cosméticos naturais e sistemas de tratamento ambiental, todas com foco na transição energética, na valorização da biodiversidade e no reaproveitamento de resíduos. As iniciativas reforçam o compromisso do Ecossistema Tiradentes com o desenvolvimento de soluções alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à economia de baixo carbono.

Dentre as tecnologias desenvolvidas que proporcionam relevância ao cenário da economia verde, destacam-se:

Produção de biodiesel e bio-óleo com fluidos pressurizados: essa tecnologia ambientalmente limpa permite extrair óleo de oleaginosas sem uso de solventes orgânicos, otimizando o aproveitamento da matéria-prima e gerando menos resíduos. Pode ser adotada por cooperativas e agroindústrias interessadas em energias renováveis e biocombustíveis, contribuindo para o avanço do SAF (Combustível Sustentável de Aviação).

Biolubrificante a partir do óleo de moringa: desenvolvido com base em um processo de esterificação enzimática, este lubrificante vegetal é biodegradável e livre de derivados fósseis. Tem aplicações industriais e agrícolas e pode substituir lubrificantes convencionais em motores e maquinário, reduzindo a pegada ambiental do setor logístico e agrícola.

Óxido de grafeno a partir de biocarvão de semente de uva: inovação que transforma resíduos agrícolas em materiais de alta tecnologia, utilizados em baterias, sensores e componentes eletrônicos. Reduz custos de produção e impacto ambiental na cadeia da eletrônica, além de fomentar a bioeconomia no campo.

Chá medicinal de cambuí com ação contra bactérias multirresistentes: o extrato da espécie nativa foi obtido com tecnologia limpa e pode integrar o mercado de fitoterápicos e cosméticos naturais. Gera valor à biodiversidade brasileira e incentiva a preservação da flora nativa com aplicação na saúde pública e farmacêutica.

Membrana polimérica de barbatimão para tratamento de feridas: aproveita o potencial cicatrizante de uma planta do bioma brasileiro para uso em biomateriais com alto valor agregado. A tecnologia promove a regeneração da pele e pode reduzir o uso de curativos sintéticos não biodegradáveis, com aplicação no SUS e no mercado privado.

Além dessas inovações, professores da Unit conduzem uma pesquisa de produção de biocombustível a partir da biomassa do coco verde, em Aracaju, dentro do ITP. A cidade descarta cerca de 190 toneladas semanais do resíduo natural, e a pesquisa transforma esse passivo ambiental em bio-óleo e biocarvão com aplicação em energia renovável. O projeto já envolve mais de 30 graduandos, mestrandos, doutorandos e pesquisadores em sua execução. “Essas tecnologias refletem o papel estratégico da ciência aplicada na transformação de problemas ambientais em oportunidades econômicas sustentáveis”, reforça o vice-reitor.

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