A Aena, maior operadora aeroportuária do Brasil e do mundo, venceu o Prêmio Inovação e Acessibilidade 2025, concedido pelo governo federal, através do Ministério dos Portos e Aeroportos, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em parceria com o grupo Brasil Export. A cerimônia de premiação ocorreu na noite da terça-feira (27), em Brasília. Recebido por um projeto desenvolvido pelo Aeroporto de Congonhas, o reconhecimento destaca as melhores práticas voltadas à inclusão de passageiros com necessidade de assistência especial em toda a jornada aeroportuária. Além disso, ressalta iniciativas inovadoras e com potencial de replicação no setor aéreo nacional.
“Essa conquista consolida o Aeroporto de Congonhas como referência nacional no tema e comprova que é possível oferecer mais inclusão sem abrir mão da eficiência e da qualidade operacional”, afirma Kleber Meira, diretor do Aeroporto de Congonhas. /
Em 2024, cerca de 64 mil passageiros com necessidades especiais foram atendidos em Congonhas. As operações com um ou mais passageiros que demandam assistência adicional corresponderam a 24,5% do total de voos registrados, evidenciando a relevância desse atendimento na rotina operacional. Esse volume expressivo levou a Aena a desenvolver um projeto robusto de acessibilidade, que combinou melhorias operacionais, tecnológicas e de infraestrutura.
A padronização de procedimentos passou a exigir que as companhias aéreas informem com, no mínimo, duas horas de antecedência a presença, o tipo de assistência e a quantidade de passageiros com necessidades especiais a bordo, garantindo o correto dimensionamento dos recursos. O sistema de alocação de portões de embarque no aeroporto também foi aprimorado.
Essas ações permitiram maior controle e planejamento das operações, possibilitando, por exemplo, um crescimento significativo no uso das pontes de embarque para passageiros com mobilidade reduzida. Em 2024, a média chegou a 70%, um avanço de 23% em relação ao monitoramento iniciado em dezembro de 2023. O uso de equipamentos como Ambulift e Aviramp foi ampliado, tanto por parte da Aena quanto pelas companhias aéreas, permitindo o embarque e desembarque com mais dignidade e segurança, inclusive em posições remotas ou em aeronaves não compatíveis com fingers.
Toda essa transformação foi conduzida com base em indicadores operacionais monitorados em tempo real e em constante diálogo com os parceiros do setor e trouxe benefícios a todos os passageiros. No ano passado, Congonhas reduziu em 31% as trocas de portão realizadas com menos de 90 minutos de antecedência.