A Aliança pela Mobilidade Sustentável, iniciativa liderada pela 99 e formada por 23 empresas de diversos setores, completa três anos com resultados expressivos e se consolida como uma das principais articulações privadas voltadas à eletromobilidade no Brasil. Desde 2022, mais de R$ 332 milhões foram investidos em soluções que impulsionam a transição energética, com foco em infraestrutura, financiamento e estímulo à adesão de veículos eletrificados.
Atualmente, mais de 15 mil motoristas parceiros da 99 operam com modelos elétricos ou híbridos, somando mais de 16 milhões de viagens e evitando a emissão de 18,5 milhões de toneladas de CO₂ — o equivalente ao sequestro de carbono de cerca de 145 mil árvores. A iniciativa tem inspiração no modelo bem-sucedido da DiDi, na China, que opera a maior frota eletrificada do setor de mobilidade por aplicativo no mundo, com mais de 4 milhões de veículos e cerca de 60% da quilometragem percorrida por modelos elétricos.
Outro destaque da Aliança é o Mercado Livre, que já opera com mais de 2.200 veículos elétricos nas entregas no Brasil — e 3.600 em toda a América Latina. Em 2024, foram mais de 70 milhões de entregas com emissões reduzidas na região, evitando a liberação de mais de 11 mil toneladas de CO₂. A empresa também dispõe de infraestrutura própria de recarga e acesso a eletropostos de terceiros, garantindo a operação da frota. Além disso, conta com caminhões movidos a gás natural, com emissões 18% menores que as do diesel, e outros 15 veículos no Brasil já operam com biometano — combustível derivado de resíduos orgânicos, capaz de eliminar em até 100% as emissões fósseis.
“Estamos construindo um ecossistema que viabiliza a mobilidade elétrica de forma eficiente, promovendo ganhos ambientais e operacionais. Isso só é possível graças à colaboração entre empresas de diferentes segmentos. Uma das principais motivações da 99 ao criar a Aliança foi também o impacto social positivo da eletrificação para os motoristas parceiros: ao migrarem para veículos elétricos, eles economizam cerca de 80% em combustíveis, o que representa um ganho significativo de renda”, afirma Thiago Hipolito, diretor de Inovação da 99.
Expansão da infraestrutura e acesso
A Aliança vem avançando em parcerias para a expansão da infraestrutura de recarga para motoristas em todo o Brasil e para a ampliação da frota eletrificada, a qual é viabilizada por meio de parcerias com empresas como BYD, Osten Group e Santander, que oferecem condições diferenciadas para aquisição e locação.
Em mais um movimento estratégico para fortalecer a infraestrutura de recarga no Brasil, três empresas da Aliança: a BYD, Ezvolt e a Tupi Mobilidade anunciaram neste mês, a criação da maior rede de carregamento de veículos elétricos do país, conectando mais de 1.500 carregadores em uma única plataforma, em todas as regiões do País.. A iniciativa visa ampliar significativamente o número de pontos de recarga, facilitando o acesso à mobilidade elétrica para os motoristas. Essa colaboração entre as aliadas destaca o compromisso conjunto com a sustentabilidade e a inovação no setor de transportes, alinhando-se aos objetivos da coalizão de promover soluções eficientes e ambientalmente responsáveis.
Em 2022, foram entregues 300 unidades do BYD D1, acompanhadas da criação de uma linha de financiamento com juros até 15% menores em comparação aos aplicados a veículos a combustão. Desde então, o modelo de locação tem se expandido para mais três cidades e passou a incluir também motos elétricas. A estratégia atual foca no crescimento da categoria 99electric-Pro — voltada a veículos premium de baixa emissão — com nacionalização prevista até o fim de 2025. A meta é encerrar o ano com mais de 2 mil veículos elétricos (entre carros e motos) locados para motoristas parceiros.
Perspectivas para 2025 e novos modelos de negócio
Até o fim de 2025, a 99 planeja alcançar 20 mil veículos eletrificados em operação no aplicativo, considerando automóveis e motocicletas. Para isso, está previsto um novo aporte de R$ 180 milhões. Uma das apostas para tornar esse modelo financeiramente sustentável é a monetização das emissões evitadas, com o desenvolvimento de um sistema de créditos de carbono auditado. O projeto-piloto já está em andamento e prevê compensações financeiras para os motoristas com base na quilometragem percorrida com veículos elétricos.
Segundo estimativas da consultoria McKinsey, o transporte por aplicativo poderá representar até 85% da frota elétrica brasileira até 2040. A 99 se posiciona como uma das protagonistas dessa transformação. “Nosso foco é desenvolver soluções escaláveis, sustentáveis e viáveis do ponto de vista financeiro para os motoristas, em linha com os compromissos climáticos que estarão em pauta na COP30, em Belém”, reforça Hipolito.
Governança e articulação
A Aliança pela Mobilidade Sustentável reúne companhias como 99, BYD, IturanMob, Mercado Livre, BV, Santander, CAOA Chery, Movida, Unidas, Raízen, Enel X, EzVolt, Tupi Mobilidade, Vibra, Zletric, Dahruj Rent a Car, 99Moto, iFood, Osten, Vammo, Riba e AYA Earth Partners. A governança é estruturada em grupos de trabalho temáticos e atua de forma colaborativa com entes públicos e privados para acelerar a expansão da mobilidade de baixo carbono no país.
Com foco na inclusão produtiva, na redução de emissões e na melhoria da qualidade do ar nos grandes centros urbanos, a Aliança se consolida como um exemplo de cooperação multissetorial e pode servir de referência para outras iniciativas de transição energética no Brasil.