quarta-feira, maio 21, 2025

Código verde: como o Low-Code está escrevendo um futuro sustentável

Compartilhar

Nos últimos anos, a sociedade tem se tornado cada vez mais consciente dos desafios ambientais que enfrentamos. E, na indústria da Tecnologia da Informação, essa mentalidade não podia ser diferente. Por isso, empresas, desenvolvedores e líderes tecnológicos buscam formas de reduzir o impacto ambiental na criação das aplicações. Não à toa, a consultoria Gartner, previu que, até 2027, 25% dos CIOs (Chief Information Officer) de TI terão sua remuneração vinculada a resultados de impacto tecnológico sustentável.

Nesse cenário, o uso de plataformas Low-Code para o desenvolvimento de software tem sido visto como uma das soluções mais promissoras para tornar a tecnologia mais sustentável. Conhecidas por aumentar a produtividade e simplificar o processo de desenvolvimento, essas ferramentas focam na criação de software mais eficiente e demandam menos recursos, reduzindo significativamente o impacto ambiental das aplicações que usamos todos os dias. Mas como isso acontece na prática?

O código gerado pelo Low-Code é otimizado automaticamente, o que significa que as aplicações demandam menos processamento, armazenamento e recursos computacionais, resultando em uma menor necessidade de infraestrutura, o que diminui a quantidade de energia necessária para mantê-la em funcionamento. 

Além disso, a automação de processos no desenvolvimento Low-Code  permite que as empresas adaptem suas soluções de forma mais ágil a novas demandas, sem precisar de grandes reconfigurações ou atualizações constantes. Com isso, a longevidade das soluções tecnológicas é aumentada, evitando o desperdício de recursos que ocorreriam em um cenário de software obsoleto. Em outras palavras, menos tempo gasto no desenvolvimento e na manutenção de código significa menos energia consumida ao longo do ciclo de vida da aplicação.

Também é importante lembrar que a utilização de nuvens públicas e privadas em plataformas Low-Code permite que as empresas aproveitem infraestruturas escaláveis e sustentáveis. Ou seja, ao invés de depender de servidores locais, o que implica maior consumo de energia e custos elevados, o uso da nuvem pode reduzir significativamente a pegada de carbono das operações.

O Low-Code também facilita a integração com soluções de IoT (Internet of Things) e monitoramento inteligente, otimizando o uso de recursos físicos e digitais.Assim, é possível desenvolver aplicações que garantem o funcionamento eficiente dos sistemas, reduzindo o consumo de energia e a necessidade de intervenção humana constante. Isso sem contar que o Low-Code permite a entrega de aplicações leves e ágeis, que consomem menos dados e energia, sem comprometer a experiência do usuário.

Em um momento em que os impactos ambientais das tecnologias são cada vez mais discutidos, é hora de repensarmos a forma como desenvolvemos e consumimos software. A adoção de plataformas Low-Code é um caminho para ganhar produtividade e inovação. Ao mesmo tempo em que se constrói um futuro digital, melhorando a eficiência dos sistemas, é possível contribuir para um futuro mais sustentável reduzindo o consumo de energia.

Ricardo Recchi, regional manager Brasil e Portugal da GeneXus.

Leia Mais

Outras Notícias