A Câmara Verde no Brasil, um braço da US Green Chamber e da Câmara Verde Latinoamericana, será lançada no dia 5 de junho. A iniciativa teve como inspiração o projeto Orbital Carbon Neutral Initiative, da startup Orbital. O projeto busca fomentar ideias inovadoras e sustentáveis enquanto coloca o Brasil em posição de destaque mundial em medidas de redução de emissão de carbono e promover a educação e conscientização de indivíduos e empresas no âmbito das práticas ESG.
O Brasil, responsável por 2,75% das emissões globais, ocupa atualmente a quinta posição entre os países com maior emissão de CO₂, mas, segundo um estudo publicado na Revista Scientific Reports, em breve terá uma pegada ecológica positiva. Nesse contexto, a COP30, sediada em Belém neste ano, será um evento de grande relevância para o combate ao aquecimento global. A conferência reúne as principais nações para discutir soluções globais e metas para reduzir os impactos ambientais. Segundo Eduardo Pimenta, adviser da Orbital, este será o momento ideal para apresentar a Câmara Verde e posicioná-la como uma iniciativa estratégica na luta contra as mudanças climáticas.
“É o momento perfeito para levar este projeto, ainda em formação, a um evento de tanta importância, onde podemos debater temas que causam impacto real. Queremos reforçar o papel do nosso país na luta contra as mudanças climáticas, e a Câmara Verde pode atuar como um catalisador para promover a digitalização sustentável, o desenvolvimento de tecnologias verdes e a adoção de práticas ESG”, analisa Pimenta.
Um dos setores que estão no foco deste projeto é o de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), responsável por 3,2% das emissões globais de gases do efeito estufa. A produção e descarte inadequado de dispositivos eletrônicos geram um volume crescente de resíduos eletrônicos, dos quais apenas 22,3% foram reciclados em 2022 e o avanço das IAs por ser um estopim para o aumento destes números, já que dados do Google apontaram que a empresa aumentou em 50% a emissão de carbono por conta da inteligência artificial./
Pioneira com metodologia de Tecnologia Sustentável, a Orbital é a primeira na América Latina a compensar o carbono emitido de todos os projetos realizados por ela, desde a concepção até o uso final, incluindo operações, cloud, stakeholders e page views, e foi essencial para semear a criação da câmara brasileira. Para o adviser, a abordagem da empresa demonstra que é possível alinhar inovação e responsabilidade ambiental, servindo como inspiração para outros negócios. A Orbital será uma das empresas participantes do Conselho Fundador da Câmara Verde Brasil.
“Traçamos um caminho único e inovador e, por isso, sabemos que é possível construir projetos que preservem a natureza e reduzam os impactos que a tecnologia traz. Queremos que as outras empresas entendam a importância em mitigar os danos que servidores, hardwares e o uso excessivo de energia causam no planeta. Não há mais tempo, temos que agir agora e queremos ser referência para aqueles que desejam aderir este movimento”, afirma Pimenta.
Além disso, a Câmara Verde está alinhada com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, seguindo as principais tendências e ações globais para a redução da poluição e preservação do bem-estar social. O especialista avalia que medidas precisam ser tomadas imediatamente na luta contra o aquecimento global e que é preciso conscientização das empresas e pessoas.
“Este é o momento ideal para trazer um projeto como esse, precisamos agir contra as mudanças climáticas em todos os setores agora. A COP30 deve definir um novo caminho nesta luta e seremos parte ativa nesta jornada. Com educação, conscientização e, mais importante, pessoas, é possível regenerar e vivermos um futuro sustentável que garanta qualidade de vida para as próximas gerações”, conclui Eduardo Pimenta, que além de Adviser da Orbital, é o fundador da Câmara Verde no Brasil.