sexta-feira, maio 9, 2025

Governança Corporativa 2025: 64% das empresas dizem priorizar diversidade, equidade e inclusão nos Conselhos

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O estudo Tendências de Governança Corporativa 2025 revela que 64% das empresas em todo o mundo estão colocando a diversidade, equidade e inclusão como prioridade central em suas estratégias de governança. A pesquisa é realizada anualmente pela Russell Reynolds, referência global em consultoria de liderança, e aponta que as organizações estão cada vez mais focadas em sustentabilidade e ética, além de dar maior importância a transparência e responsabilidade dos conselhos. No Brasil, as empresas destacam que a ética, a transparência e a governança sustentável serão os principais motores de transformação em 2025, refletindo uma crescente necessidade de adaptação ao cenário regulatório e social mais exigente.

“A principal mudança em relação a 2024 está na aceleração das mudanças estruturais e culturais nos Conselhos de Administração. A diversidade e a sustentabilidade já estavam em destaque em 2024, mas, neste ano, a ênfase foi colocada na necessidade de uma transformação mais profunda, tanto em termos de composição dos conselhos quanto nas práticas e expectativas das lideranças empresariais. Em 2025, a governança exigirá que as empresas não só integrem mais diversidade, mas também se comprometam com ações concretas que influenciem positivamente a sociedade e o meio ambiente”, explica Jacques Sarfatti, sócio-diretor da Russell Reynolds e líder da prática de Avaliação de Conselhos de Administração e CEOs.

Mais de 70% dos líderes entrevistados afirmam que os Conselhos de Administração estão cada vez mais alinhados com os objetivos estratégicos das empresas, especialmente no que diz respeito à transformação digital e à adaptação às novas exigências ambientais. A preocupação com o impacto ambiental, aliada à crescente pressão por transparência em práticas corporativas, impulsionou a criação de comitês e políticas mais rigorosas, especialmente em mercados com regulamentação ambiental mais forte. Em relação às tendências globais, o estudo revela que os conselhos estão adotando abordagens mais estratégicas, ampliando suas responsabilidades além da supervisão tradicional, com foco no longo prazo e na criação de valor sustentável.

No Brasil, o estudo aponta uma adesão crescente das empresas à governança orientada por princípios ESG (ambientais, sociais e de governança), especialmente em ano da realização da COP 30. As empresas brasileiras se mostram mais comprometidas com a implementação de políticas que assegurem não apenas conformidade regulatória, a exemplo das regulações da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) com requisitos obrigatórios até 2027, mas também a ética e a responsabilidade social dentro das suas operações. Em particular, o estudo destaca que as empresas familiares brasileiras estão modernizando seus conselhos para incluir mais diversidade e, ao mesmo tempo, alinhar suas práticas com as expectativas de investidores e stakeholders globais. A inovação na governança, combinada com uma maior flexibilidade, é vista como uma tendência crescente no mercado.

O estudo também destaca que, em 2025, a governança corporativa global será caracterizada por uma integração mais estreita entre os Conselhos de Administração e as direções estratégicas das empresas, com a busca por um crescimento sustentável e uma maior preocupação com o impacto social e ambiental das operações. O fortalecimento das práticas de governança tem se mostrado não apenas uma resposta a demandas externas, mas também uma oportunidade de impulsionar a inovação e fortalecer a competitividade no mercado global.

A pesquisa da Russell Reynolds Associates apresenta as principais tendências globais e regionais em governança corporativa, destacando mudanças significativas nas práticas e expectativas dos Conselhos de Administração em todo o mundo. foram ouvidos mais de 1.200 líderes de empresas e Conselhos de Administração em 60 países, incluindo o Brasil.

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