Os aspectos ambientais do ESG são cada vez mais relevantes no setor de mineração e metais para que as empresas possam acessar capital. Na avaliação dos executivos do setor ouvidos por estudo da EY, as quatro primeiras ações de ESG apontadas são todas ligadas ao E da sigla. A maioria dos executivos (56%) diz que a gestão de resíduos receberá a maior atenção dos investidores no setor de mineração e metais nos próximos 12 meses. Na sequência, com 34%, aparecem “circularidade e eficiência no uso dos recursos” e “natureza e biodiversidade”, seguidos de “impacto na comunidade e confiança dos povos originários” com 25%.
Essas respostas foram obtidas pelo estudo global “10 principais riscos e oportunidades para empresas de mineração e metais em 2025”, produzido pela EY, que entrevistou executivos do setor de mineração e metais atuantes em organizações com mais de US$ 1 bilhão de receita. A amostra é formada por 35% de presidentes, vice-presidentes ou diretoria; 17% de conselheiros ou profissionais do nível C-Level; e 48% de líderes de departamentos, unidades de negócios ou grupo de commodities.
“As exigências ambientais sobre as empresas de mineração são cada vez mais fortes, o que passa pela transparência e precisão na divulgação dos reportes dessas iniciativas. Os rejeitos, por exemplo, estão sendo aproveitados por meio de uma estratégia de circularidade. Paralelamente, há utilização de menos água no processo produtivo, além da adoção de combustíveis mais limpos”, explica Afonso Sartorio, líder de Energia e Recursos Naturais da EY. Ainda segundo o estudo, 75% dos entrevistados concordam ou concordam fortemente com a seguinte afirmação: o engajamento em estratégias de economia circular nos coloca em posição de vantagem competitiva.
Compromissos de sustentabilidade
Ao mesmo tempo, somente 37% concordam ou concordam fortemente que o foco nas prioridades de ESG está tirando atenção da agenda de produtividade. No entanto, 40% têm essa mesma opinião sobre suas organizações estarem reavaliando ou atrasando os compromissos de sustentabilidade por causa da volatilidade recente de mercado.
Apesar disso, 57% dos entrevistados estão confiantes de que suas organizações vão cumprir seus compromissos de sustentabilidade dentro do prazo estabelecido em relação à redução das emissões do escopo 1. Já 44% têm essa mesma percepção sobre ser water positive e 41% sobre ser nature positive. Por fim, 41% demonstram confiança em relação à redução das emissões de escopo 2 e somente 28% sobre se tornar carbono zero.