quarta-feira, abril 30, 2025

32% das startups brasileiras possuem ao menos uma mulher no quadro societário, aponta estudo da Liga Ventures

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A Liga Ventures lança o estudo “Startup Landscape: Lideranças Femininas 2025”, que mostra a evolução do ecossistema de mulheres à frente das startups brasileiras. O levantamento aponta que 32% das startups possuem ao menos uma mulher nos seus quadros societários.

Quando se trata dos investimentos no setor, ao analisar a participação no montante captado por ano, é possível observar que 55% do montante investido em venture capital em 2024 foi para startups que contavam com mulheres no quadro societário, valor significativamente maior do que os 29% registrados em 2023.

Com relação às categorias de startups ativas que possuem um número maior de mulheres em cargos de liderança, temos fintechs (19%), agtechs (18%), healthtechs (14%), foodtechs (11%) e edtechs (11%). Já sobre o ano de fundação, cerca de 13% delas foram criadas entre 2021 e 2024.

O estudo mostra também que 12% das startups com mulheres no quadro societário aplicam inteligência artificial em suas soluções. Com relação ao tamanho das equipes dessas startups, 23% delas têm até cinco funcionários, 26% possuem entre 6 e 15; 27% de 16 a 50; 10% de 51 a 100, e apenas 12% possuem mais de 100 colaboradores.

“O ecossistema de startups está mudando – e o protagonismo feminino está cada vez mais evidente. Os números mostram que mulheres fundadoras estão construindo negócios sólidos e relevantes. A boa notícia é que, mesmo em menor número, startups com mulheres como sócias captaram um volume maior de investimentos do que as demais. Isso não é coincidência, é competência. Mas ainda há um desafio grande a ser superado: garantir que essa evolução continue, abrindo ainda mais espaço para a liderança feminina e para um ambiente de inovação verdadeiramente diverso. A pergunta que fica para o mercado é: como acelerar essa transformação de forma real e sustentável?”, analisa Alana Fernandes, Partner & Innovation Project Manager da Liga Ventures.

O levantamento traz ainda os estados com maior distribuição de startups ativas. Em primeiro lugar do ranking está São Paulo (51%), seguido de Santa Catarina (9%), Minas Gerais (7%), Rio de Janeiro (7%), Rio Grande do Sul (7%), Paraná (6%), e Espírito Santo (3%).

Outro dado interessante se refere à análise da maturidade das startups mapeadas, onde 42% são emergentes, 23% estão estáveis, 18% são nascentes e 17% delas disruptoras. Já referente ao público-alvo, o levantamento mostra que 62% delas têm como foco o mercado B2B, 33% o B2C e 16% outros.

Para realizar o estudo foram utilizados dados da ferramenta Startup Scanner, plataforma criada pela Liga Ventures que identifica e acompanha dados de startups do Brasil e América Latina para que grandes empresas, pesquisadores e empreendedores possam entender as movimentações do mercado e encontrar oportunidades de negócios sinérgicos à sua atuação.

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