A ADAMA avança mais uma vez em sua estratégia de sustentabilidade ao adotar a tecnologia de plasma em suas embalagens de defensivos agrícolas. A nova solução substitui as barreiras COEX, que contêm um revestimento interno com EVOH (Álcool etileno vinílico) ou nylon, por uma tecnologia inovadora que melhora a reciclabilidade das embalagens, reduzindo a dependência de materiais de difícil reaproveitamento.
As embalagens de defensivos agrícolas precisam de barreiras especiais para evitar a migração de produto através da camada de polietileno. Para isso, existem diferentes tecnologias de barreira, que podem ser classificadas em barreiras físicas ou químicas. As barreiras físicas, como a COEX, são compostas por múltiplas camadas, incluindo EVOH (Álcool etileno vinílico) ou nylon, formando uma estrutura que impede a permeação dos produtos químicos. No entanto, esse tipo de embalagem tem desafios ambientais, pois a presença de diferentes camadas de materiais dificulta a reciclagem.
Já a tecnologia de plasma, adotada pela ADAMA, é uma barreira química. “Em vez de utilizar camadas físicas adicionais, essa tecnologia modifica a superfície interna da embalagem em nível molecular, criando uma camada ultrafina que impede a permeação do ingrediente ativo”, explica Danilo Bianchi, gerente da área de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (HSE) da ADAMA. “Essa abordagem mantém a eficiência da proteção do produto e permite que a embalagem seja reciclada como um plástico de composição única, facilitando seu reaproveitamento dentro da economia circular e, assim, contribuindo diretamente para o aumento da taxa de reaproveitamento e a redução de resíduos no campo”, completa.
Com essa iniciativa, a ADAMA reforça seu compromisso em reduzir impactos ambientais e otimizar processos de descarte e reciclagem no setor agrícola, além de contribuir para a redução de CO2 em 52,7%. Essa diminuição em emissão de carbono ocorre por conta da ausência da barreira de nylon e, consequentemente, da não contabilização que esse material e seu processo produtivo agregam no produto final. A companhia também é parceira do Sistema Campo Limpo, um programa brasileiro de logística reversa gerido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que atualmente, recicla 97% das embalagens vazias de defensivos agrícolas que recebe de toda a indústria, tornando-se um dos modelos mais bem-sucedidos do mundo em logística reversa. Desde sua criação, mais de 730 mil toneladas de embalagens foram corretamente destinadas, contribuindo significativamente para a economia circular no agronegócio brasileiro.
Inovação Sustentável como base para o sucesso
A adoção da tecnologia de plasma se soma a uma série de iniciativas da ADAMA voltadas para a sustentabilidade. Em janeiro de 2024, a companhia já havia anunciado um portfólio com mais de 60% de componentes biodegradáveis e a substituição de solventes orgânicos por água em suas formulações, reduzindo o impacto ambiental e garantindo maior eficiência agronômica. Além disso, em 2023, a empresa firmou parceria com a TOTVS Consulting para estruturar uma agenda ESG robusta e fortalecer suas práticas de governança e sustentabilidade.
“A implementação da tecnologia de plasma nas embalagens reforça o compromisso da ADAMA com o meio ambiente e com os produtores rurais. Essa inovação não só facilita a reciclagem como também reduz custos e promove maior eficiência na gestão de resíduos. Estamos avançando para um futuro mais sustentável no agronegócio brasileiro”, destaca Roberson Marczak, gerente de Comunicação, Sustentabilidade e Inovação da ADAMA.
A nova solução já está sendo aplicada em produtos estratégicos do portfólio da ADAMA, como o fungicida Blindado® T.O.V., com um plano de expansão para os próximos anos. Em 2025, a adoção da tecnologia triplicou em relação ao utilizado no ano anterior pela companhia, e a expectativa é que a substituição da tecnologia COEX por plasma proporcione um aumento significativo na reciclabilidade das embalagens no setor.