quarta-feira, abril 30, 2025

Mulheres in Tech celebra a formatura da 17ª turma e amplia oportunidades na tecnologia

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Na última terça-feira, 11 de março, as alunas residentes em Recife celebraram a formatura da 17ª turma do Mulheres in Tech (MIT), iniciativa da Fly Educação que tem impactado a vida de mulheres no Norte e Nordeste, oferecendo formação em tecnologia e ampliando perspectivas de carreira. Desde 2024, o projeto conta com apoio financeiro do Serpro, por meio do Programa Agora, garantindo benefícios como auxílio financeiro e alimentação para as alunas. O evento ocorreu no Porto Digital, importante polo de inovação da cidade, marcando mais um passo na transformação de carreiras femininas no setor.

Loyanne Salles, superintendente de Comunicação, Marketing e Responsabilidade Social do Serpro, destacou a satisfação em ver o MIT concluir a primeira turma com apoio da empresa. “Essa turma de 50 alunas inaugurou o Programa Agora 2M, sendo o primeiro projeto selecionado a operar com esse modelo de investimento social da empresa”, disse. “No primeiro ano, foram selecionados quatro projetos, dentre 160 inscritos, e a Fly se destacou por sua estrutura robusta capaz de implementar iniciativas com excelência. Ela foi a primeira organização a concluir uma formação com grande compromisso, evidenciado pelo acompanhamento da empregabilidade das participantes, o que demonstra seu foco nos resultados”, complementou Regina Faria, gerente de Responsabilidade Social do Serpro.Alejandra e Ana Cláudia (embaixo); Atena e Clarice (em cima)

A fundadora e diretora Educativa da Fly Educação, Alejandra Yacovodonato, destacou a importância da iniciativa na democratização do acesso à tecnologia. “Este projeto é a realização de um sonho, agora mais possível graças ao apoio do Serpro. Nossa missão é reduzir desigualdades e criar oportunidades para mais mulheres ingressarem no setor”, afirmou. Alejandra fundou a ONG em 2014, poucos meses depois de desembarcar em São Paulo, após emigrar da crise humanitária da Venezuela. Dez anos se passaram e os números comprovam o impacto da iniciativa. Em 2023, o MIT beneficiou 2 mil participantes e, em 2024, ampliou esse alcance para 2,5 mil mulheres. A expectativa da fundadora para os próximos anos é que o programa forme 10 mil mulheres anualmente.

Impacto social e empregabilidade

Além de capacitar, o projeto tem gerado oportunidades concretas no mercado de trabalho. Segundo dados da ONG, 71% das participantes que concluem o curso conseguem emprego na área de tecnologia. Entre as egressas, 23% foram promovidas de três a cinco posições, 13% subiram de cinco a sete cargos e 2% já ocupam funções de liderança.

Outro destaque é o impacto econômico direto proporcionado pela capacitação. “Somando os salários conquistados por essas mulheres após a formação, chegamos a um total de R$ 5 milhões – o equivalente a US$ 1 milhão – injetados diretamente na economia delas e de suas famílias”, ressaltou Alejandra.

Transformação pessoal e profissional

O MIT não se limita à formação técnica, mas também fortalece habilidades socioemocionais e amplia redes de contato entre as participantes. Ana Cláudia Nascimento, formanda e oradora da 17ª turma, celebrou a oportunidade de se preparar para o setor. “Estar aqui hoje, conhecendo outras participantes e fortalecendo meu emocional para enfrentar os desafios dessa área, é um sonho realizado”, afirmou.

A professora socioemocional da Fly Educação, Atena Magalhães, que está no projeto desde setembro do ano passado, compartilhou sua experiência: “A troca entre alunas e professores é muito rica. Levamos nosso conhecimento e, ao mesmo tempo, aprendemos com as histórias diversas das alunas, o que enriquece a teoria e a prática. Esse trabalho não só oferece um aprendizado diferente, mas também nos permite atuar de forma colaborativa com uma grande comunidade de mulheres que busca transformar a realidade delas na própria vida e no mercado de trabalho”, declarou a professora, que é assistente social de formação.

A coordenadora de projetos da Fly Educação, Clarice Carvalho, ressaltou o impacto do apoio do Serpro na viabilização da formação. “Esta edição foi especial, pois conseguimos oferecer, além do curso gratuito, auxílio financeiro e alimentação às participantes, incentivando ainda mais sua jornada na tecnologia”, destacou. Segundo ela, o curso focado em front-end proporcionou alto engajamento com uma formação qualificada, preparando as alunas para os desafios do mercado. “Estamos muito felizes com os resultados e com a parceria, que foi essencial para o sucesso dessa iniciativa”, concluiu Clarice.

Expansão e perspectivas futuras

Com números expressivos e um impacto social significativo, Alejandra projeta um futuro promissor para o MIT. “Nosso sonho a longo prazo é transformar esses resultados em políticas públicas que beneficiem não apenas o Brasil, mas toda a América Latina”, afirmou. “No Agora, o Serpro valoriza parcerias como essa, que buscam transformar vidas e gerar impacto real na sociedade. É emocionante ver como essas ações podem gerar mudanças significativas e trazer esperança para um mundo melhor”, conclui Regina Faria.

Agora

O Programa Agora, lançado pelo Serpro em 2023, tem como objetivo promover a inclusão sociodigital de grupos minorizados por meio de investimentos em tecnologia e educação. Dividido em duas frentes, o “Agora 3T” apoia projetos voltados para pessoas trans e travestis, oferecendo capacitação em TI e empreendedorismo digital, enquanto o “Agora 2M” busca incluir mulheres de grupos vulneráveis, como negras, indígenas e quilombolas, no setor tecnológico. O primeiro edital destinou R$ 1 milhão a iniciativas sociais, impactando diversas comunidades. Além disso, em 2024, o Serpro expandiu suas ações com projetos como o Hub Serpro, incentivando a participação feminina nos eSports.

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