Secas prolongadas, enchentes recordes e temperaturas extremas. Os efeitos das mudanças climáticas já são uma realidade e exigem respostas imediatas. A América do Sul, com sua matriz energética majoritariamente renovável e um setor industrial cada vez mais inovador, tem a oportunidade de liderar a transição para uma economia de baixo carbono. Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado em junho de 2024, o Brasil subiu para a 12ª posição no Índice de Transição Energética (ETI), liderando entre as nações emergentes e ocupando a terceira posição entre os países do G20.
O país tem uma posição estratégica para se consolidar como referência na transição energética, por isso, no Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas (16), a discussão se volta para o papel do setor produtivo na construção de uma economia de baixo carbono, destacando como as empresas podem transformar desafios ambientais em oportunidades de inovação e crescimento sustentável.
Transformando compromissos em impacto real
Uma das indústrias capazes de proporcionar essa transformação verde é a do setor químico. A BASF está na frente dessa transição, implementando soluções para reduzir a pegada de carbono de sua produção, além de oferecer produtos que diminuem esse impacto para outras indústrias. Uma das iniciativas de destaque é o programa Triple E (Excelência em Eficiência Energética), voltado para otimizar o consumo de energia das fábricas. Presente em diversas unidades produtivas da BASF na América do Sul, o programa já implementou mais de 250 iniciativas de eficiência energética e foi fundamental para que, em 2017, a empresa se tornasse a primeira indústria química do Brasil certificada pela norma ISO 50.001 do Sistema de Gestão de Energias. Só no Complexo Químico localizado em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, até o final de 2024, houve uma redução do consumo específico de energia da planta em 28%. Isso representa uma contribuição na diminuição de emissões de aproximadamente 15 mil toneladas de CO2 equivalente por ano, que correspondem a realizar 300 voltas no planeta.
Já no Complexo de Tintas e Vernizes de São Bernardo do Campo (SP), o programa Demarchi+Ecoeficiente, realizado em parceria com a Fundação Eco+, completa 14 anos com avanços significativos, como a redução de 35% no consumo de água.
“Nosso compromisso com a sustentabilidade vai além do discurso. Cada iniciativa que implementamos, tem efeito positivo e fortalece a eficiência dos processos produtivos”, destaca Daniel Marcon, vice-presidente de operações da BASF para a América do Sul e responsável pelo Complexo Químico de Guaratinguetá.
Sustentabilidade do campo às cidades
Ao implementar novas tecnologias que visam substituir combustíveis fósseis, como o gás natural, por eletricidade proveniente de fontes renováveis, a BASF avança rumo ao alcance do plano ambicioso da empresa em zerar as emissões líquidas de CO2 até 2050. Essa transição já está acontecendo nas Estações de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da BASF Soluções para Agricultura, localizadas em Santo Antônio de Posse (SP), Trindade (GO), Sinop (MT) e Rio Verde (GO). Concretizado em 2023, esse foi um dos passos que a companhia deu em direção à redução das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo em 25% até 2030 – em comparação com 2018. No total, até outubro de 2024, essa mudança já representou a emissão evitada de 310 toneladas de CO2.
As estações passaram a receber energia elétrica proveniente de fontes renováveis, seguindo o que já é adotado nas plantas fabris da companhia na América do Sul. Toda a energia disponibilizada às localidades conta com a certificação internacional I-REC, reconhecida e recomendada pelo Programa GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol), garantindo que cada megawatt/hora (MW/h) é gerado a partir de fontes renováveis e com emissão zero de carbono. Desde a implementação desse modelo em 2022, a BASF evitou a emissão de 17.485 toneladas de CO2 na região, reforçando sua contribuição para a descarbonização industrial.
Inovação para um futuro mais sustentável
Na vanguarda da transição energética, os biocombustíveis colhem frutos de 20 anos de incentivo de políticas públicas – como a recente Lei do Combustível do Futuro que traça a meta de 20% na proporção de mistura obrigatória de biodiesel ao diesel até 2030. Com sua capacidade de descarbonizar a cadeia do diesel, ele desempenha papel estratégico na redução de emissões no Brasil. Viabilizando a transformação verde de seus clientes, a BASF é a parceira estratégica para a produção ecoeficiente do biodiesel, com o catalisador metilato de sódio e com o ácido metanossulfônico (Lutropur® MSA), que substitui químicos agressivos e impulsiona a produção sustentável.
A busca por alternativas aos insumos de origem fóssil se estende ao asfalto. Uma nova geração de soluções está revolucionando o setor e pavimentando o caminho para um futuro mais sustentável. Ao criar uma rede polimérica que turbina a elasticidade do betume, o aditivo B2Last®, garante uma redução significativa nas emissões de CO2 associadas à produção e aplicação do asfalto, promovendo estradas mais duradouras. Além disso, permite trabalhar a uma menor temperatura, impactando positivamente a saúde dos trabalhadores e o ambiente.
A urgência climática tem pressionado empresas a reverem seus processos e a adotarem soluções como a economia circular. No setor químico, a transição para uma economia de baixo carbono exige inovação e comprometimento contínuo, mas também representa uma oportunidade para liderar essa transformação. Em um cenário onde consumidores, investidores e regulamentações ambientais cobram respostas concretas, empresas que estruturam suas estratégias com foco na sustentabilidade ganham competitividade e relevância.
No caso da BASF, esse compromisso se reflete nas ações implementadas em suas operações. “Os desafios da sustentabilidade são complexos, mas as soluções já estão sendo implementadas. O setor produtivo tem um papel essencial nessa jornada e precisa agir de forma estruturada, com metas claras e ações concretas que impulsionem a descarbonização da economia”, destaca Santiago Ricco, gerente sênior de Energias e Utilidades da BASF para América do Sul.