quinta-feira, março 6, 2025

Transição energética: ABAL defende o alumínio como um aliado estratégico para uma economia de baixo carbono

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Na semana em que é celebrado o Dia Mundial da Eficiência Energética (5/3), a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) destaca o metal como um aliado estratégico para reduzir as emissões de gases estufa e mitigar danos ao meio ambiente, sem comprometer a eficiência energética de seus mercados consumidores. A ABAL também enfatiza que a substituição de fontes de energia fósseis por alternativas limpas e menos poluentes tem sido uma prioridade global em setores como transporte, eletricidade, embalagens e construção civil.

“Não há sociedade moderna sem o alumínio. Ele é considerado globalmente como um material estratégico para a transição para uma economia de baixo carbono, atenta às questões ambientais e sociais. Mas o alumínio do Brasil se destaca ainda mais, uma vez que sua intensidade é de mais 300% inferior à média global, o que nos torna capazes de entregar produtos de valor agregado e leva o país a uma posição de vanguarda no processo de descarbonização”, destaca Janaina Donas, presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).

O metal é vantajoso para seus mercados consumidores por motivos variados, como o fato de ser infinitamente reciclável sem perder suas propriedades. Além disso, produzir alumínio a partir da sucata consome apenas 5% da energia necessária para a produção primária, reduzindo significativamente a demanda por eletricidade e as emissões associadas. Cerca de 60% do alumínio consumido no Brasil é proveniente da reciclagem, demonstrando a eficiência do sistema nacional de coleta e reprocessamento – enquanto a média mundial é de cerca de 30%.

O alumínio e seus principais mercados consumidores

Eletricidade

O alumínio se destaca como material para fios e cabos elétricos graças à sua alta condutividade e menor peso em comparação a outros metais. Seu uso também é indispensável em sistemas energéticos que dependem de fontes renováveis, como a energia solar e eólica, que exigem infraestruturas de transmissão e distribuição eficientes. Entre janeiro e setembro de 2024, o setor da eletricidade registrou crescimento de 17% no consumo de alumínio em relação ao mesmo período de 2023, impulsionado pelo aumento da demanda por cabos elétricos de alumínio, devido à expansão de novas linhas de distribuição de energia e à expectativa de grandes investimentos em novas linhas de transmissão.

Como a produção de alumínio primário é uma atividade eletrointensiva, a economia de energia ocasionada pelo alto índice de reciclagem torna o setor mais eficiente e sustentável, alinhando-se às metas de descarbonização devido à matriz energética limpa do Brasil, que já é predominantemente renovável.

Transportes

A descarbonização é um dos principais motivos que fazem o alumínio ser indispensável, ainda mais com a crescente demanda de carros mais eficientes e sustentáveis. O metal é essencial para reduzir o peso dos veículos, o que resulta em menor consumo de combustível e, consequentemente, em menos emissões de CO2. Globalmente, este é o segmento que mais consume alumínio.

Embalagens

Embalagens é o maior segmento consumidor de alumínio no Brasil. Considerando que o alumínio pode ser reciclado infinitas vezes sem perder suas características, o processo de reciclagem para este segmento é de suma importância. Cerca de 60% do alumínio consumido no Brasil já é proveniente da reciclagem, demonstrando a eficiência do sistema nacional de coleta e reprocessamento – enquanto a média mundial é de cerca de 30%.

Construção Civil

O setor utiliza alumínio em janelas, portas, fachadas e estruturas metálicas. A descarbonização na construção civil está diretamente ligada à utilização de materiais mais leves e duráveis. Sua aplicação na construção civil proporciona ganhos de eficiência energética às edificações verdes.

Bens de consumo

O alumínio desempenha um papel essencial no segmento de Bens de Consumo. Com uma ampla gama de aplicações, o alumínio não apenas impulsiona a inovação e o design, mas também reforça o compromisso da indústria com soluções mais sustentáveis, tornando os produtos do dia a dia aliados da economia circular e da redução de emissões. Para o segmento da refrigeração, sua eficiência na troca térmica contribui para um menor consumo energético, enquanto nos eletroeletrônicos e na linha branca, sua leveza torna os produtos mais práticos e sustentáveis.

As preocupações com as mudanças climáticas têm mobilizado sociedade, academia, indústrias e governos na revisão de hábitos de consumo, processos produtivos e na construção de políticas de controle e incentivo à redução dos níveis de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Mas ações já efetivas, como a transição energética, precisam ser continuadas.

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