A Prumo Logística, grupo econômico responsável pelo desenvolvimento estratégico do Porto do Açu, juntamente com as empresas HIF e Fuella AS, ambas com contratos assinados no hub de hidrogênio do Açu, anunciou nesta quinta-feira, 22, a adesão à Iniciativa Transitioning Industrial Clusters (TIC) do Fórum Econômico Mundial
A iniciativa reúne stakeholders dos setores público e privado de clusters industriais para reduzir emissões de dióxido de carbono equivalente (CO2e), impulsionando o crescimento econômico e a criação de empregos. Ao aderir, os membros participam de um movimento global para acelerar a transição de clusters industriais e alcançar o seu máximo potencial ambiental, econômico e social. Com a indústria sendo responsável por 30% das emissões globais de CO2e, os clusters industriais desempenham um papel crucial na transição energética e transformação industrial.
O Porto do Açu, um dos maiores investimentos privados em infraestrutura na América Latina, é uma peça-chave no crescimento econômico do Brasil, desempenhando um papel essencial na logística de minério de ferro, transbordo de petróleo bruto e geração de energia a partir de gás natural.
Com a adesão à iniciativa, o cluster de baixo carbono do Porto do Açu busca ser um líder na América do Sul ao oferecer soluções abrangentes de descarbonização para setores difíceis de abater. O cluster pretende atingir uma redução anual de 26,6 milhões de toneladas de CO2e até 2050, criar até 34.815 empregos e contribuir com um PIB anual estimado em 12 bilhões de dólares.
A Prumo atuará como coordenadora do cluster de baixo carbono do Porto do Açu, apoiando o recrutamento de novos membros e contribuindo ativamente para o desenvolvimento da iniciativa.
]Segundo Rogério Zampronha, CEO da Prumo, infraestruturas cruciais para o comércio global, como os portos, desempenham um papel essencial como elos em várias cadeias de abastecimento e serão fundamentais para a descarbonização de setores de difícil abatimento de emissões, como a indústria marítima e siderúrgica. “Aproveitando as vantagens competitivas do Brasil em energia renovável, biocombustíveis, biomassa e a infraestrutura de classe mundial do Porto do Açu – enquanto posicionamos o hidrogênio de baixo carbono e o carbono biogênico como vetores principais –, estamos comprometidos em impulsionar a transformação sustentável nos setores mais relevantes”, completa o executivo.
O cluster prevê a produção de hidrogênio de baixo carbono, amônia verde e e-metanol, combinando energia renovável diretamente da rede com o desenvolvimento de uma planta solar e parques eólicos offshore. Além disso, inclui projetos para produção de combustível de aviação sustentável (SAF) e um hub para produção de HBI.
Para Roberto Bocca, chefe do Centro de Energia e Materiais do Fórum Econômico Mundial, à medida que a transição energética enfrenta desafios políticos, tecnológicos, humanos e financeiros, a colaboração pragmática e direcionada nunca foi tão necessária. “O cluster de baixo carbono do Porto do Açu é o primeiro membro latino-americano da iniciativa, fortalecendo uma forte rede de clusters industriais internacionais comprometidos em desenvolver um sistema energético seguro, equitativo e sustentável que fomente o crescimento econômico e a criação de empregos”, disse.
“Operamos a primeira instalação de e-Fuels do mundo há mais de um ano, demonstrando que nossos combustíveis são uma solução real e concreta para combater as mudanças climáticas agora. Estamos entusiasmados com esta colaboração e acreditamos que o cluster de baixo carbono do Porto do Açu será um pilar fundamental na construção de um futuro sustentável, ressalta Victor Turpaud, CEO da HIF Latam.
A Fuella AS está entusiasmada por fazer parte do cluster do Porto do Açu, avalia Thorsten Helms, Diretor Executivo da companhia, visto que a iniciativa está alinhada ao seu compromisso de fornecer soluções de hidrogênio e amônia verde para setores difíceis de descarbonizar. “Ao aproveitar o potencial de energia renovável do Brasil, estamos a contribuir coletivamente para a transição global para combustíveis livres de emissões”, finaliza.