Multinacionais na Europa, Oriente Médio e África têm se destacado em proatividade e inovação para abordar questões sobre sustentabilidade em embalagens. Por exemplo, há foco em reciclabilidade e pesquisa em áreas como embalagens livres de halogênios.
No entanto, criar embalagens “ecológicas” não é apenas substituir materiais por alternativas mais verdes. Fabricantes enfrentam desafios complexos, como atender a regulamentações, equilibrar custos com funcionalidade e desenvolver infraestrutura para gerenciar resíduos.
Este artigo explora esses desafios, compartilha inovações do setor e aponta áreas que ainda precisam avançar. Ele também sugere práticas para que empresas e stakeholders superem esses obstáculos.
Hora de mudar
A pressão por melhorias contínuas na sustentabilidade da indústria de embalagens não é novidade, com as preocupações ambientais de consumidores e stakeholders liderando essa agenda.
Um equilíbrio delicado
O desafio é equilibrar o papel essencial das embalagens – proteger, entregar e exibir produtos – com seu impacto ambiental. Além disso, é necessário entender melhor como os consumidores tomam decisões relacionadas à aparência, eficácia e reciclabilidade das embalagens.
Uma solução inicial é o light-weighting, que reduz peso e custos sem comprometer a funcionalidade ou exigir reformulações. Porém, a sustentabilidade não se limita à redução de material. Outras estratégias incluem selecionar materiais adequados, compatibilidade com reciclagem existente e redução na fonte.
Alternativas como blísteres de polímeros únicos e materiais biodegradáveis, como celulose e amido, estão em alta. Esses materiais oferecem soluções recicláveis e ambientalmente responsáveis.
O cenário regulatório
Atender às regulamentações é prioridade para fabricantes. Novas leis, como as Regulamentações de Resíduos de Embalagens no Reino Unido (2023), afetam a indústria. O banimento de plásticos de uso único em países de renda média impacta o setor, promovendo materiais recicláveis e filmes poliméricos únicos.
Na Europa e MENA, o uso de PVC é uma preocupação crescente. Embora essenciais, as regulamentações elevam custos de P&D, fabricação e distribuição, exigindo equilíbrio para criar embalagens sustentáveis.
Trabalhando juntos
Reduzir a pegada de carbono é prioridade na indústria farmacêutica e de embalagens. Para isso, é fundamental o diálogo aberto e transparente com stakeholders. É preciso educar sobre o ciclo de vida das embalagens e compartilhar boas práticas para reduzir emissões, do processo de fabricação à reciclagem.
Abordagem empresarial
Empresas podem desenvolver estratégias próprias alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como consumo responsável, inovação e ação climática. Integrar ESG às metas corporativas garante uma abordagem holística e alinhada à cultura da empresa.
Avanços na indústria farmacêutica
O setor investe em P&D para criar embalagens recicláveis, livres de halogênios e materiais biodegradáveis. Blísteres de polímeros únicos e revestimentos compostáveis são foco de pesquisa.
Objetivos comuns
A indústria busca otimizar o uso de matérias-primas e reduzir desperdícios com processos contínuos e conectados. A engenharia de valor, que reduz custos ao longo do ciclo de vida do produto, ajuda a alinhar crescimento e sustentabilidade.
Este vínculo entre sustentabilidade e crescimento beneficia não apenas negócios e indústrias, mas também a vida no planeta.
SR Shivshankar, CEO da ACG Packaging Materials.