quinta-feira, janeiro 9, 2025

De tijolos à energia: resíduos gerados em indústria de papel catarinense viram novos materiais

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Cerca de 1,2 mil toneladas de lodo físico-químico – um resíduo gerado durante o processo de tratamento de efluentes industriais – é enviado mensalmente pela IPEL à cerâmicas da região do Vale do Itajaí, onde são transformados em blocos cerâmicos (tijolos). O material que deixa de ser descartado, ajuda a diminuir o uso de matérias-primas para a fabricação desse item indispensável na Construção Civil. 

A iniciativa da indústria catarinense, que é uma das principais fabricantes de papéis para fins higiênicos no Brasil, foi uma forma encontrada por ela para diminuir seu impacto no meio-ambiente e vem acompanhada de outras ações com a mesma finalidade. A empresa desenvolve uma série de projetos semelhantes para o reaproveitamento de seus resíduos, além de outras iniciativas de cunho sustentável.

“Nosso compromisso com a sustentabilidade vai muito além de cumprir normas ou evitar desperdícios. Buscamos transformar resíduos em novas oportunidades, gerando valor para a sociedade e o meio ambiente. A responsabilidade ambiental é um dos pilares do nosso compromisso com o ESG e reflete diretamente em nossos processos e iniciativas”, destaca Luciano de Liz Barboza, CEO da IPEL.

Entre as ações de reutilização, a empresa também destina, todos os meses, cerca de 15 toneladas de papelão para empresas de embalagens, que o transformam em aparas marrom – matéria-prima para a produção de caixas. Outras cinco toneladas de plástico são enviadas a empresas especializadas na produção de polímeros, que reutilizam o material na confecção de sacolas e potes.

“A logística reversa e a reutilização dos resíduos, além de ser sustentável, evita o envio para os aterros sanitários, deixando de colaborar para o aumento dos volumes nesses locais, além de gerar renda. Já para nós é extremamente importante no contexto do ESG, que está ganhando cada vez mais peso nas ações da IPEL”, comenta o coordenador de controle Ambiental da IPEL, Osmar Souza.

Os resíduos de pulper – sobras geradas durante os processos de produção e acabamento de papel – são aproveitados na geração de energia para produção de vapor em uma empresa localizada em Timbó Grande. São cerca de 75 toneladas mensais destinadas para essa finalidade.

Estação de tratamento de logo biológico

Com foco no futuro, a IPEL está desenvolvendo novos projetos. Até 2025, a empresa pretende utilizar o lodo biológico da estação de tratamento de efluentes e a cinza da caldeira como componentes para a fabricação de composto orgânico, ampliando ainda mais suas práticas sustentáveis.

Além disso, dentro da empresa, um viveiro mantém a produção de mudas de espécies nativas e frutíferas, que são distribuídas em eventos internos, incentivando a preservação ambiental e o plantio de árvores.

A IPEL tem investido fortemente em iniciativas de sustentabilidade, alinhando suas operações ao compromisso com o meio ambiente e com seu propósito: “Fazemos do papel a arte de promover saúde”, lançado recentemente, em comemoração aos seus 40 anos. Esse compromisso é reforçado por reconhecimentos importantes, como a certificação FSC (Forest Stewardship Council), que hoje abrange todos os produtos da empresa, consolidando sua liderança em práticas ambientais responsáveis.

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