domingo, dezembro 29, 2024

Demanda por profissionais para empregos verdes é maior do que oferta

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O mercado de trabalho está passando por uma transformação significativa, impulsionado pela crescente relevância das questões ambientais, sociais e de governança. Dentro deste cenário, as empresas aumentaram a procura e a criação de cargos denominados como empregos verdes para atender a iniciativas voltadas à ESG. Contudo, a demanda por profissionais qualificados nessa frente de atuação tem superado a oferta disponível no mercado.

“Com o avanço da transição energética e o estabelecimento de novas metas de descarbonização, essas ocupações tornaram-se fundamentais para a implementação de políticas de meio ambiente e responsabilidade social nas empresas. Visando a redução do impacto ambiental das atividades empresariais e a adaptação dos modelos de produção aos padrões ESG, profissionais dessa área tem o objetivo de promover a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente no escopo das instituições”, explica Camila Pereira, advogada trabalhista no Marcos Martins Advogados.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), essa modalidade de emprego é considerada uma tendência futura, contribuindo para os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas e redução das emissões de carbono. Desse modo, a profissão é essencial tanto às políticas públicas quanto as iniciativas privadas.

Atualmente, o Brasil, que representa a fatia de 10% de empregos verdes no mundo, conquistou a segunda posição global em termos de oferta de empregos na área de energia limpa, registrando um notável crescimento nas indústrias de energia solar, hidrelétrica, biocombustíveis e agricultura. Entretanto, mesmo com os avanços, ainda não há profissionais qualificados o suficiente para atender tamanha demanda.

Aos poucos, empresas estão incorporando a sustentabilidade em suas operações e implementando uma série de políticas internas que promovem uma cultura de responsabilidade ambiental. De campanhas de conscientização até decisões estratégicas, tais práticas não apenas fortalecem o compromisso da empresa com a proteção ambiental, mas também garantem a conformidade com normativas jurídicas e regulatórias.

“O setor jurídico representa pilar de sustentação à crescente procura e aumento de vagas para especialistas em ESG, pois é responsável por desenvolver programas de compliance e negociar acordos coletivos que atendam às novas exigências de sustentabilidade, por exemplo”, afirma a advogada. Segundo Camila, profissionais capacitados ajudam a minimizar riscos legais e a preparar as empresas para auditorias de sustentabilidade, garantindo que as práticas não apenas cumpram a lei, mas também demonstrem um compromisso com a responsabilidade social em relação ao meio ambiente.

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