“Mãos que criam” é o nome do projeto, direcionado a mulheres, na Associação Beija-Flor Solidários, localizada na Vila Esperança, região da Vila Matilde, Zona Leste de São Paulo, que oferece cursos de upcycling, técnica que customiza roupas, e de montagem de bijuterias.
Além dos ensinamentos práticos, as participantes têm a oportunidade de aprender sobre como usar a internet, a tecnologia para vendas online, além de ajuda na formalização e gestão de negócios.
Os cursos são destinados a mulheres de todas as idades (divulgação/ICC)
“Irei completar 60 anos, eu sentia a necessidade de me atualizar e de aprender mais. Além de poder usar a criatividade, eu tive a oportunidade de desenvolver na internet. Sempre trabalhei como vendedora, mas, somente nas aulas, eu comecei a entender o quanto vender no digital pode me ajudar a crescer. Não sabia mexer, sentia a necessidade de me reciclar e foi o que encontrei no projeto Mãos que Criam”, contou a Aparecida Aguiar Baldin, vendedora.
A iniciativa é do Instituto Camargo Corrêa, referência em projetos de geração de renda em comunidades vulneráveis, com apoio do Sebrae.
De acordo com o Mapa da Desigualdade de São Paulo, divulgado em novembro, o quesito “Trabalho e Renda” é uma grande preocupação da região da Vila Matilde que, juntamente com a Brasilândia, São Miguel, Carrão e outros bairros, tem as piores médias mensais de remuneração da cidade de São Paulo.
“O projeto Mãos que Criam é um dos 100, implementados pelo ICC que, por meio do empreendedorismo, promove a geração de renda. A missão é estimular que a beneficiária crie uma nova renda ou faça uma extra que complete o rendimento da família. Pensamos em duas opções, bijuterias e técnicas de upcycling para que essas mulheres escolham o que mais se identificam fazer. Além da parte prática, essas atividades exigem muita criatividade e exercitam a mente. E a missão é que, ao final do projeto, elas tenham consciência de como fazer uma gestão financeira, de como vender e usar as plataformas digitais para fomentar e melhorar a rede de clientes”, comentou Bárbara Bueno, diretora executiva do Instituto Camargo Corrêa.
Duas turmas já concluíram as atividades. Os interessados encontram mais informações na sede da Associação Beija-Flor Solidários.