sábado, dezembro 7, 2024

Hospitais destinam lençóis e cobertores para ajudar projetos sociais

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A logística reversa costuma ser um grande desafio para empresas na área da saúde. O descarte de materiais exige cuidado redobrado, por se tratarem, muitas vezes, de peças que demandam destinação específica e monitorada. Mas parte delas podem ser recicladas e ganham um olhar especial, possibilitando que se transformem em itens com uma segunda funcionalidade. Ações de reuso têm apresentado bons resultados até mesmo em hospitais.

Esse tem sido o caminho seguido pelos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, localizados em Curitiba (PR). As instituições destinam resíduos têxteis para o projeto Uniformes do Bem da empresa Zero Waste Brasil, que os transforma em cobertores corta-febre e doa 20% desses materiais para instituições cadastradas em projetos sociais.

Círculo de boas práticas

No caso dos hospitais, o produto doado é o enxoval utilizado por pacientes e acompanhantes, dentro de uma estratégia de ESG do Grupo Marista, do qual as instituições fazem parte. Por conta dessa iniciativa, desde 2020, nenhum lençol ou cobertor usado é descartado em aterro sanitário e foram adotadas duas formas de reaproveitamento. As mantas, que ainda estão em condição de serem utilizadas, são encaminhadas para a Marista Escola Social Esperança, que atende cerca de 160 crianças de 0 a 5 anos na capital paranaense. Já os lençóis e cobertores sem condições de uso são encaminhados para o Uniformes do Bem, assim como os resíduos que não são utilizados no processo, mas que ainda têm valor comercial, e que são destinados à Associação de Catadores de Materiais Descartáveis Eco Frank, ajudando na geração de renda dos trabalhadores cooperados.

“Desde 2020, foram quase oito toneladas de material reaproveitado. Foram 7.655 kg destinados para o projeto Uniformes do Bem e 314 unidades destinadas para reaproveitamento interno, como os cobertores encaminhados para a escola. Nós conseguimos implantar com muita qualidade o conceito de logística reversa e nos orgulhamos em poder contribuir socialmente com um projeto tão importante para o meio ambiente”, reforça a coordenadora da Comissão de Resíduos e Sustentabilidade dos hospitais, a médica infectologista Viviane Hessel Dias.

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