A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, e a Fundação Dom Cabral (FDC), concluíram o programa B-EPIC (Brazil Enterprise Productivity & Inclusion Club), que visa promover o crescimento empresarial e inclusão social dos jovens. O evento de encerramento aconteceu nesta segunda-feira (25/11), na sede da Fundação em Nova Lima (MG), e contou com a participação do CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, e do presidente executivo da FDC, Antonio Batista da Silva Junior. O evento contou, ainda, com a presença ilustre do Professor Subi Rangan, considerado atualmente uma das principais mentes brilhantes do mundo, além das estrelas do evento: os 55 jovens e 41 mentores, que concluíram a jornada.
Complementar ao Jovem Aprendiz, o programa traz em seu escopo atividades de desenvolvimento profissional e de habilidades socioemocionais dos estudantes, como autonomia, confiabilidade e flexibilidade. Para os supervisores, são abordadas habilidades de mentoria para liderar diferentes gerações.
“Para a Gerdau é uma honra co-criar esse programa em parceria com a FDC e o Professor Subi. Para nós, as pessoas estão no centro das nossas decisões e contribuir para a formação delas, de forma que estejam mais preparadas para os desafios futuros, faz parte do nosso propósito. E os resultados já estão aí: já contratamos 56% desses jovens. Além de desenvolver nossas lideranças para trabalharem juntas com as novas gerações. Consideramos que o primeiro ano do programa foi um sucesso, por isso, vamos investir na segunda turma, trazendo as melhorias identificadas nesse piloto” comenta Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.
A vice-presidente de Educação Social da FDC, Ana Carolina de Almeida, também ressaltou a importância da parceria. “Ao longo das últimas cinco décadas, a Fundação Dom Cabral tem acompanhado as principais transformações sociais, comportamentais, econômicas e tecnológicas ao lado de lideranças e organizações públicas, privadas e do terceiro setor. O B-EPIC incorpora todo esse repertório para colocar em prática, ao lado da Gerdau, conhecimento capaz de apoiar esses jovens na sua jornada de presente e de futuro”, colocou.
Durante o evento, Werneck integrou o painel mediado pela professora de Liderança e Comportamento Organizacional da Fundação Dom Cabral, Luciana Ferreira, que também contou com a participação da vice-presidente, Ana Carolina, o professor de Estratégia e Gestão no INSEAD, Subi Rangan, alunos de EMBA, além de aprendizes e mentores do B-EPIC. Na discussão, foi abordado como o investimento em capacitação e o engajamento de empresas na formação de jovens pode contribuir para o desenvolvimento das pessoas e o aumento de produtividade.
Preparação dos jovens aprendizes para o futuro
O B-EPIC proporcionou aos jovens aprendizes uma jornada de desenvolvimento, com foco em inteligência emocional, mundo do trabalho, empreendedorismo, linguagem digital e diversidade e cidadania. Entre junho e novembro deste ano, os participantes adquiriram habilidades essenciais para o mercado de trabalho, como liderança, comunicação e pensamento crítico, por meio de aulas online e encontros presenciais.
Participante desta edição, Lavínia Cunha, de 17 anos, destaca a importância do programa para seu autoconhecimento e desenvolvimento profissional. “Com a ajuda do meu mentor, tive a oportunidade de conhecer o laboratório químico da Aciaria e foi, sem dúvidas, onde meus olhos brilharam. Com certeza, um dos objetivos que tenho é conseguir atuar profissionalmente na Gerdau”, revela.
Lyedson Oliveira, de 21 anos, outro aprendiz, compartilha como o programa o auxiliou a desenvolver habilidades de comunicação e ter mais clareza sobre seus objetivos profissionais. “No começo, tinha dificuldades em saber como me portar em ambientes mais formais, como falar, como passar uma boa imagem. Sei que ainda tem muito a melhorar, mas os avanços já são perceptíveis”, celebra.
Mentores preparados para liderar diferentes gerações
O programa B-EPIC também ofereceu treinamento completo para os mentores, preparando-os para liderar e inspirar os jovens aprendizes. Em três etapas, os mentores aprenderam a criar um ambiente de confiança e apoio, a desenvolver habilidades de liderança inclusiva e a aplicar ferramentas práticas para auxiliar no desenvolvimento dos aprendizes. Por meio de encontros e atividades em grupo, os mentores compartilharam experiências e aprendizados. A professora da FDC, Luciana Ferreira, destaca que o B-EPIC não se limita ao desenvolvimento dos jovens, mas também transforma os mentores em líderes mais eficazes.
Segundo Luciana Ferreira, há evidências de que a combinação de uma jornada de aprendizagem com o programa de mentoria não só catalisa o desenvolvimento dos jovens como também o desenvolvimento dos mentores como líderes. “Eles declaram com frequência que adotaram em suas equipes comportamentos e ferramentas aprendidos no relacionamento com o jovem. Assim, aspira-se então que o impacto de produtividade do B-EPIC seja explicado não só pelo efeito na formação do jovem aprendiz como também do mentor, mais até do que havia sido previsto.