Neste domingo,24, a Rhodia, empresa de produtos químicos pertencente ao grupo belga Solvay, anunciou dois projetos de sustentabilidade em sua fábrica no interior de São Paulo. A inauguração dos projetos ocorreu durante a Missão Econômica Belga, liderada por Sua Alteza Real Astrid da Bélgica.
“Essas iniciativas reforçam nosso compromisso com a sustentabilidade e demonstram que é possível aliar inovação industrial à proteção dos recursos naturais. Além de trazer benefícios para o meio ambiente, esses projetos atendem às demandas dos nossos clientes e consumidores, que buscam soluções com menor pegada de carbono e pegada hídrica. Ambos os projetos representam um marco na cadeia produtiva brasileira e nas ações de preservação ambiental da indústria nacional”, afirma Daniela Manique, CEO da Rhodia para América Latina.
Foco na descarbonização
O primeiro projeto teve como objetivo a redução das emissões de GEE da fábrica de Paulínia por meio da biomassa. A planta, em operação desde 1942, é responsável pela produção de fenol, intermediários de poliamida, solventes, embalagens, entre outros.
Desde de 2005 a empresa trabalha para reduzir significativamente as emissões de carbono, já reduzindo em 95% esses números em comparação aos níveis de 2005. Contudo, com a última iniciativa a empresa planeja alcançar uma redução de 97% até 2027.
O projeto prevê a substituição das fontes fósseis por um combustível renovável, isso tudo através de caldeiras alimentadas por biomassa. A parceria estabelecida com a ComBio Energia permitirá que a empresa reduza ainda mais as emissões de gases de efeito estufa, com um investimento de 45 milhões de euros, a iniciativa conduzirá a Rhodia ao cumprimento da meta estabelecida pela Solvay de alcançar uma neutralidade de carbono até 2030 no Brasil.
Além disso, a caldeira, alimentada por bagaço de cana-de-açúcar e cavacos de eucalipto, promete criar mais empregos locais, fortalecer a cadeia de fornecimento de biomassa e apoiar as metas climáticas do país.
Redução da captação de água
O segundo projeto visa, através de um sistema de circuito fechado, reduzir a capacitação de água no local em 4,2 milhões de m³ por ano. A iniciativa recebeu um investimento de 1,5 milhão de euros e já inicia a sua operação em dezembro deste ano.
O sistema funciona através de resfriamento em que a água circula em torres para ser reutilizada, diminuindo significativamente a quantidade de água captada dos rios, preservando os recursos locais.
Além disso, a abordagem não somente conserva a água, mas também melhora a sua qualidade, estendendo a vida útil dos equipamentos resfriados e diminuindo os gastos com custos de manutenção e tratamento de água.
Reconhecimento internacional
O evento também contou com a presença do CEO global do grupo Solvay, Philippe Kehren, que celebrou os anúncios. “Esses projetos representam um passo concreto em direção ao cumprimento de nossos objetivos ambientais. Eles ilustram nosso compromisso contínuo com a redução de nossa pegada e atendem às crescentes demandas do mercado por produtos e processos mais sustentáveis.”, destacou.
A missão real belga, presente durante a celebração, tem como principal objetivo explorar a economia crescente do Brasil e promover práticas sustentáveis no setor industrial.