sábado, dezembro 7, 2024

Mais de um quarto das mulheres empreendedoras no Brasil não se reconhecem como tal, revela pesquisa inédita do Consulado da Mulher

Compartilhar

Com mais de 22 anos de atuação no Brasil, e tendo a Whirlpool — dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid — como principal apoiadora , o Consulado da Mulher – organização sem fins lucrativos que desenvolve a autonomia financeira e emocional das mulheres, por meio de ações de inclusão sócio produtivas que evidenciam suas potencialidades e garantam um ambiente seguro para que realizem suas próprias escolhas – se uniu à Engie e à Vert.se para desenvolver uma pesquisa inédita, intitulada “Nano Empreendedorismo Feminino: Desafios e Motivações”, que traz importantes insights sobre as características dessas empreendedoras. A amostra incluiu mais de 700 mulheres de 22 estados brasileiros. Embora 97% delas tenham algum tipo de empreendimento, 25% não se consideram empreendedoras. Isso levanta a questão: a falta de maturidade do negócio é o principal fator, ou existe uma insegurança em se autodenominar empreendedora?

A maturidade de um negócio costuma ser alcançada ao longo dos anos, por meio de trabalho contínuo, estudo e dedicação. Por exemplo, 70 empreendedoras da pesquisa estão na categoria de mais experientes, com negócios funcionando há mais de 10 anos. No entanto, quase metade (48,5%) ainda está no início da jornada, com menos de 1 a 3 anos de atividade. Um grande obstáculo identificado é a dificuldade em conciliar as responsabilidades domésticas com o trabalho. Embora 64,5% dessas mulheres afirmam receber ajuda de familiares ou do marido, quase metade (47,8%) dedica cerca de 35 horas semanais aos cuidados do lar — quase a carga horária de uma jornada de trabalho CLT, que no Brasil é de 44 horas semanais, é muito mais que a média das mulheres no Brasil de 21 horas semanais.

“É essencial falarmos sobre o nanoempreendedorismo e apoiar essas mulheres para que conquistem seu espaço no mercado. Conciliar as tarefas domésticas com o empreendedorismo não é fácil, e para essas mulheres ainda mais difícil ainda. Por isso, no Consulado da Mulher acreditamos que a verdadeira transformação começa com a autonomia, o conhecimento e a força de cada uma de nós. Nosso trabalho visa promover a inclusão socioprodutiva e fortalecer mulheres para que conquistem sua independência financeira e emocional, gerando um impacto positivo nas suas comunidades”, afirma Adriana Carvalho, Diretora Executiva do Consulado da Mulher.=

Desafio: empreender sozinha

A força e o desejo de empreender levam muitas dessas mulheres a gerenciar sozinhas seus negócios. A pesquisa revelou que 89% delas são responsáveis exclusivamente pelas operações. Isso pode explicar por que um quarto delas não se enxerga como empreendedora: elas administram sozinhas seus empreendimentos, com apenas 8% contando com um ou dois funcionários. Além disso, 93% desses negócios funcionam em ambientes familiares, como suas próprias casas, o que dificulta ainda mais o reconhecimento do esforço e do investimento feitos.

Embora a amostra seja polarizada quanto ao tempo de operação dos negócios, ela se mostra mais homogênea em relação à geração de receitas. Apenas 7% dos negócios geram mais de R$5.000 mensais, apontando de maneira clara os indicadores que caracterizam o nanoempreendedorismo no Brasil. Outro dado relevante é que apenas 16% dessas empreendedoras possuem seus negócios formalizados, sendo que a principal razão para a falta de formalização é a ausência de recursos financeiros (60%).

Reposicionamento de marca

A pesquisa proprietária do Consulado da Mulher é um marco no novo momento da organização, que repaginou sua estratégia trazendo uma comunicação mais moderna e acessível, com o objetivo de ampliar sua atuação e impactar um número ainda maior de pessoas. Há mais de duas décadas, o Consulado tem dado visibilidade e apoio a essas empreendedoras por meio de qualificações online e presenciais, e a realização desse estudo visa aprimorar e tornar ainda mais assertivos seus programas de capacitação e desenvolvimento, a fim de impulsionar a jornada das mulheres para que ocupem os espaços que quiserem.

Os dados da pesquisa indicam que 80% das nanoempreendedoras já participaram de algum tipo de capacitação, e 85% consideram esses treinamentos fundamentais para a consolidação de seus negócios.

“Estamos muito empolgadas com esta nova fase. O Consulado da Mulher está pronto para enfrentar as mudanças do mercado e oferecer soluções cada vez mais personalizadas e eficazes, para alcançar um número ainda maior de mulheres. Até hoje, já beneficiamos mais de 40 mil pessoas em todo o país, e nosso objetivo é impactar ainda mais brasileiros”, afirma Adriana Carvalho.

O reposicionamento do Consulado da Mulher é impulsionado pela inovação e criatividade, buscando sempre novas formas de empoderar mulheres, com o compromisso de oferecer as ferramentas e o suporte necessários para que cada uma alcance sua autonomia financeira, emocional e realize seus sonhos. A nova identidade visual, mais moderna e sofisticada, reflete a maturidade da organização e sua capacidade de atrair novos parceiros e investidores.

“Este novo momento reafirma nosso compromisso em transformar vidas. Estamos mais fortes e determinadas do que nunca a construir um futuro mais promissor para todas. Nossa metodologia, em constante evolução, nos permite adaptar às necessidades das mulheres e alcançar resultados cada vez mais impactantes. Neste novo capítulo, convidamos a sociedade a se juntar a nós na construção de um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres”, conclui Adriana.

Leia Mais

Outras Notícias