A Fundação PepsiCo, frente filantrópica da PepsiCo, a marca DORITOS e o Instituto Feira Preta anunciam as dez instituições selecionadas no Impacto Black, programa que visa impulsionar a atuação de organizações, coletivos e projetos sociais sem fins lucrativos liderados por pessoas negras no Brasil. As organizações receberão aporte de R$100 mil cada e, juntas, devem beneficiar cerca de 3 mil pessoas diretamente em sete Estados brasileiros e no Distrito Federal, com projetos nas áreas de agroecologia, capacitação, cidadania, cultura, educação, empreendedorismo, geração de emprego e renda, saúde e segurança alimentar.
Um dos objetivos é apoiar na amplificação das ações em prol do desenvolvimento socioeconômico, qualidade de vida e bem-estar de pessoas em situação de vulnerabilidade social no Brasil. Além disso, o programa visa acelerar a equidade racial e valorizar a cultura das populações negras, indígenas e quilombolas. “Essa é a marca de DORITOS®, que desde 2017 apoia a causa da diversidade, equidade e inclusão, com investimentos e ações propositivas no país. Com o Impacto Black, queremos atuar na diminuição da lacuna de oportunidades a partir da lente de quem mais entende do assunto: lideranças negras que conhecem as necessidades dos públicos que atendem e realmente fazem a diferença em suas regiões”, diz Cecilia Dias, vice-presidente de Marketing da PepsiCo Brasil e Latam.
Entre as ações, a serem desenvolvidas ou aprimoradas, estão: capacitação profissional, ampliação de cozinha comunitária, democratização do acesso à internet, inclusão digital, cursos específicos de tecnologia para aumento da empregabilidade de jovens de regiões periféricas, fomento à agricultura familiar, oficinas e formações para mulheres micro e nano empreendedoras, etnoturismo, entre outros.
“As dez organizações selecionadas no Impacto Black têm uma atuação significativa em comunidades carentes no país, promovendo a criação de iniciativas de prosperidade econômica, combate à fome e práticas de agricultura urbana e/ou regenerativa. Eu, particularmente, estou muito orgulhoso de que nove dos dez projetos selecionados têm mulheres negras como líderes e estão muito empenhadas em dar mais este grande passo para a transformação social no Brasil”, destaca C.D Glin, presidente da Fundação PepsiCo e Head Global de Impacto Social na PepsiCo.
Para participar, era necessário atender aos seguintes critérios: ser uma organização da sociedade civil formalmente constituída há pelo menos um ano, ter CNPJ válido e sede em território nacional, ser necessariamente fundada ou liderada por pessoas negras e ter sua diretoria composta por pelo menos 50% de pessoas negras. Para a seleção das organizações finalistas, foram observados critérios como trajetória, relevância e maturidade da organização, aspectos de inovação, capacidade de articulação, impacto da aplicação do recurso e envolvimento com a causa.
Próximos passos
Nos próximos seis meses, as lideranças participarão de uma trajetória de desenvolvimento chamada Afrolab, um programa de aceleração desenvolvido pelo Instituto Feira Preta, que oferece uma abordagem sistêmica e dá suporte aos negócios desde sua idealização. O trabalho compreenderá as etapas de imersão, mentoria, elaboração de um plano de ação, potencialização e desenvolvimento dos projetos, além de monitoramento da aplicação do recurso, das execuções e resultados. As lideranças das organizações também serão capacitadas, ao longo do próximo ano, em temas como: governança, gestão de pessoas e desenvolvimento de líderes, estratégias de comunicação, de mobilização de recursos, transformação digital e gestão financeira.
“Estamos muito contentes em anunciar os selecionados da iniciativa. Essa parceria com a PepsiCo e DORITOS® evidenciam como a co-criação e a co-realização são o caminho para entregar impacto concreto. Esse é um resultado muito potente, os selecionados receberão aporte financeiro, treinamentos e capacitação. Acreditamos que esse esforço irá fortalecer estes negócios e também, promoverá um impacto positivo nas comunidades ao seu redor”, afirma Adriana Barbosa, diretora executiva do Instituto Feira Preta.
Confira os projetos selecionados:
BAHIA – Santo Amaro/Cachoeira
Associação Rede Elas Negras Conexões
Combate ao racismo, às violências de gênero e redução das desigualdades por meio de programas de capacitação profissional, geração de renda, preservação ambiental e segurança alimentar.
BAHIA – Valença
Associação de Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais Afro-Indígenas do Caxuté
Estrutura de cozinha comunitária e ações comunitárias nos pilares de educação, cultura, saúde e alimentação.
DISTRITO FEDERAL – Brasília
Edumi Associação Formativa Social
Capacitação, desenvolvimento pessoal e profissional em tecnologia para jovens de 15 a 29 anos, além ajuda de custo e acesso a computadores e internet.
MINAS GERAIS – Belo Horizonte
Associação Coletiva Mulheres da Quebrada
Estrutura para realização de ações de capacitação profissional e empreendedorismo para pessoas de baixa renda, além de cesta básica ou vale-gás para famílias cadastradas.
PARÁ – Salvaterra
Cooperativa dos Agricultores e Agricultoras Familiares de Salvaterra
Agricultura familiar e apoio a produtores cooperados por meio de capacitação, aquisição de câmaras frias para redução na perda pós-colheita, aquisição de embalagens e melhorias na unidade de beneficiamento.
PERNAMBUCO – Tracunhaém e Lima
Associação de Educação, Arte, Cultura e Agroecologia Sítio Ágatha Estatuto Social
Fomento à agricultura familiar agroecológica, feminista e negra, por meio de apoio na infraestrutura e processos da instituição.
RIO DE JANEIRO – Rio de Janeiro
Instituto Josefinas Produções Culturais e Sociais
Investimento na infraestrutura da instituição, possibilitando a abertura de novas vagas para seus programas, que incluem oficinas de escrita, de artesanato e letramentos para mulheres nano e microempreendedoras.
RIO DE JANEIRO – Rio de Janeiro
Instituto da Hora
Desenvolvimento de programas de inclusão digital e habilidades fundamentais de tecnologia, ampliando as chances de empregabilidade de jovens de 15 a 25 anos de regiões periféricas.
SANTA CATARINA – Garopaba e Imbituba
Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Aldeia
Capacitação em projeto de empreendedorismo, de fortalecimento da identidade quilombola e desenvolvimento de etnoturismo, para famílias com renda familiar de até 3 salários-mínimos.
SÃO PAULO – São Paulo
Associação Mural Agência de Jornalismo das Periferias
Treinamentos, workshops, sessões de mentoria, coaching e incubação de novas ideias, para jovens comunicadores de bairros periféricos de São Paulo.