quinta-feira, outubro 31, 2024

A Nuvem como impulsionadora do ESG

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A digitalização da economia, orientada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, juntamente com a crescente demanda da sociedade e do mercado por agendas afirmativas e projetos concretos, tem levado muitas empresas a incorporarem o ESG (Environmental, Social, and Governance) em suas estratégias de negócios. Nesse cenário, a tecnologia em nuvem desponta como uma ferramenta imprescindível para impulsionar essas práticas, promovendo sustentabilidade, responsabilidade social e governança eficaz.

O ESG tornou-se fundamental na construção de uma marca e na sustentabilidade dos negócios. No mercado, investidores pressionam por boas práticas nos três pilares do ESG – meio ambiente, social e governança. Simultaneamente, consumidores estão cada vez mais escolhendo marcas com base em suas ações nesses pilares. Um levantamento recente da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) revelou que 71% das empresas brasileiras já implementaram ou estão em processo de adoção de práticas de ESG.

A tecnologia em nuvem a serviço do ESG

Com a crescente demanda por soluções que incorporem o ESG no centro dos negócios, a tecnologia em nuvem desempenha um papel crucial, oferecendo desde a redução de emissões de carbono até a melhoria na transparência e eficiência operacional das empresas.

Um dos principais benefícios da computação em nuvem é a redução das emissões de gases de efeito estufa. Data centers que suportam serviços de nuvem são projetados para serem altamente eficientes, utilizando menos energia por unidade de capacidade computacional do que instalações locais. Na Nextios, por exemplo, somos parceiros principais da AWS (Amazon Web Services), que investe fortemente em energias renováveis com o objetivo de operar com 100% de energia renovável até 2025. Essa iniciativa é crucial para a redução da pegada de carbono das empresas.

Além disso, a nuvem oferece maior poder computacional, permitindo que mais trabalho seja realizado com menos recursos, o que reduz o consumo de energia e diminui a necessidade de hardware físico, contribuindo para a redução de resíduos eletrônicos.

No pilar de governança, a transparência é um princípio promovido pela tecnologia em nuvem. Com dados sempre disponíveis e acessíveis, as empresas podem monitorar e gerenciar melhor suas emissões de gases de efeito estufa e a conformidade com padrões ambientais. A nuvem também facilita o rastreamento e a gestão da cadeia de suprimentos, permitindo o compartilhamento de recursos e minimizando o desperdício.

No setor financeiro, a nuvem oferece soluções escaláveis de segurança, permitindo uma adaptação rápida a novas ameaças e ajudando as empresas a cumprir as regulamentações de segurança cibernética. De acordo com um relatório da Gartner, até 2025, 99% das vulnerabilidades exploradas serão conhecidas pelos profissionais de segurança e TI. A nuvem oferece uma solução eficaz para ajudar as empresas a lidarem com esses desafios, incorporando segurança cibernética em sua estratégia de ESG.

A proteção de dados é de extrema importância para as companhias, especialmente com as regras trazidas pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil. O vazamento de dados é uma grande preocupação, especialmente para os setores de varejo e financeiro, pois envolve informações pessoais e bancárias que colocam em risco a segurança de terceiros. A computação em nuvem oferece uma infraestrutura robusta para proteger esses dados, garantindo conformidade com as regulamentações e segurança das informações sensíveis.

Os desafios trazidos pelo ESG para empresas de todos os tamanhos são enormes e complexos. No entanto, com estratégias inteligentes e tecnologia, somadas a ações afirmativas, é possível que as empresas escalem suas agendas com eficiência. A nuvem é uma solução fundamental para alinhar as operações com os princípios de ESG, colaborando com a redução da emissão de carbono, promoção da transparência e circularidade, além de oferecer soluções escaláveis de segurança cibernética.

André Amorim, diretor da Nextios.

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