quinta-feira, novembro 21, 2024

Casal colombiano cria startup de gerenciamento integrado de água, energia e temperatura

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Ter dados em tempo real é importante. Mas, ter a capacidade de controlar para automatizar ativos, é ainda mais valioso. Compreendendo essa importância e identificando uma enorme oportunidade de exploração dessa ideia no Brasil, surgiu a Squair, startup co-fundada por um brasileiro e o casal colombiano Manuel Vargas e Nataly Parga. Com foco em atender a gestão de dados de energia, água e temperatura nas empresas, a plataforma, desenvolvida através de IoT, traz um gestão integrada capaz de melhorar a eficiência energética e operacional dos principais ativos críticos das empresas.

Aterrizando em terras brasileiras em 2012, o empreendedorismo sempre foi uma característica forte do casal. Na época, ao participar de eventos de inovação, eles chegaram a criar uma startup focada no monitoramento residencial, pensando em aumentar a segurança dos idosos. No entanto, o modelo de negócios não foi adequado. Anos mais tarde, em 2018, pivotaram, mirando as empresas. “Entendemos que a viabilidade econômica da startup seria muito maior no ambiente corporativo e mudamos tudo”, lembram.

Com a chegada da pandemia em 2020, muitas empresas foram obrigadas a manter seus escritórios fechados, o que gerou um aumento significativo na demanda por monitoramento remoto. A Squair desenvolveu uma solução inovadora: um “Google Tradutor para IoT,” um dispositivo capaz de se integrar às maiores marcas de multimedidores de energia, máquinas de ar-condicionado, termostatos utilizados em ativos frigoríficos e hidrômetros de água.

Essa tecnologia permite que as empresas integrem suas operações com o menor investimento de CAPEX, monitorando em tempo real e otimizando, através de IA, o funcionamento dos principais vilões de consumo nas operações.

Hoje, a empresa atende clientes como Ambev, Zé Delivery, IFood, WeWork, Globo, OLX, Algar, UOL, entre outros – facilitando, em todos, o monitoramento de suas operações em tempo real. Todos os dados podem ser acessados diretamente na plataforma ou via API, fornecendo insights que contribuem para a redução de custos e, ainda, sugerindo melhorias que podem ser adaptadas para um melhor desempenho.

Só no pilar de energia, por exemplo, a solução é capaz de reduzir até 40% do consumo, aumentando a vida útil dos ativos e otimizando a gestão. Com este monitoramento proativo, também é possível ter uma economia de 25 a 40% dos custos relacionados à manutenção. Isso sem contar o ganho ambiental. Em média, o sistema permite uma redução de até 20% nas emissões de CO2, contribuindo para uma abordagem mais sustentável.

Com tamanho potencial, a startup decidiu participar do programa de aceleração do FI Boost, iniciativa coordenada pelo FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I. “Nosso propósito é apoiar as startups por meio de mentorias com especialistas experientes e conectar com o mercado. No caso da Squair, tivemos encontros frequentes com eles, visando fomentar o potencial deste serviço, o que trouxe excelentes resultados”, destaca Larissa Ramos, coordenadora do programa.

Criado em 2021 com o seu primeiro edital, o objetivo é oferecer mentorias por meio da análise das principais necessidades de cada startup, oferecendo apoio para que encontrem o caminho para a tração de mercado. Além de fortalecer o ecossistema inovador, o programa proporciona possibilidade de acesso aos clientes do FI Group em nível nacional e internacional, roadmap de incentivos fiscais e financiamentos públicos que permitam um melhor direcionamento dos recursos financeiros das startups, espaço de trabalho global e comunidade do FI Boost.

Além deste programa, a startup conquistou o primeiro lugar no Draper Founder Program, que aconteceu em setembro, em Santiago, no Chile. Como resultado, a empresa participará de uma imersão de um mês no Vale do Silício, na Draper University, junto a Timothy Draper, onde terá a oportunidade de se conectar com potenciais investidores e parceiros.

Graças a todas essas iniciativas, a startup projeta um faturamento de R$ 3 milhões para 2024, tendo um ticket médio de R$ 12 mil por cliente. “Queremos intensificar a validação das nossas ideias, sustentando nossos três pilares de atuação em empresas com operações críticas”, destacam.

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