Um dos hangares da Base Aérea de Brasília se transformou, nesta terça-feira (8), em palco da nova etapa do Brasil na conquista da liderança mundial da transição para energias limpas. Em cerimônia prestigiada por representantes dos Três Poderes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Lei Combustível do Futuro, que incentiva a produção e uso de combustíveis sustentáveis. A iniciativa, que promete transformar a matriz energética brasileira, cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de permitir o aumento da mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente.
“A sanção dessa lei é uma demonstração de que nenhum de nós tem o direito de duvidar que o país pode ser uma grande economia. Temos tudo para crescer”, afirmou Lula. O presidente lembrou os primeiros desafios do etanol e terminou com um recado: “Agora é hora de a gente colher, e colher bem. Porque quero, outra vez, deixar a Presidência da República com esse país crescendo, respeitado no mundo inteiro, invejado no mundo inteiro pela nossa capacidade de fazer essa revolução energética que estamos fazendo”.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, participou da cerimônia e comemorou a nova lei, que vai gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos no agronegócio e na cadeia dos biocombustíveis. “Esta lei tem uma importância muito grande como exemplo do potencial que o nosso país tem. Além de injetar recursos, gerar emprego, renda e desenvolvimento, essa iniciativa amplia o desafio da Apex de continuar trazendo investimentos estrangeiros para esta cadeia produtiva e mostrar todo este nosso potencial lá fora”, destacou.
Segundo o texto sancionado, a margem de mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, 18% de etanol. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está otimista com os novos investimentos que serão feitos na produção de etanol a partir da nova lei. Em sua fala, o ministro destacou os investimentos na produção de etanol a partir da nova lei, que vai possibilitar expandir a produção nacional que hoje é de 35 bilhões de litros, para 50 bilhões de litros por ano. “São mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos e R$ 25 bilhões para formação de canaviais, de mais milharais e transportes. É a segunda geração do etanol”, anunciou.