quinta-feira, dezembro 26, 2024

Sustentabilidade vira peça-chave para o futuro do setor de telecom

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Um dos setores mais proeminentes atualmente, o de telecomunicações, vital para a economia e para a conectividade de milhões de pessoas, está cada vez mais voltado para as pautas ESG (ambiental, social e de governança). Em tempos de crescente pressão para que as empresas ajam de forma responsável, as indústrias de telecom têm adotado iniciativas que visam equilibrar o crescimento tecnológico com práticas sustentáveis.

Para se ter uma ideia da importância das companhias do setor colocarem em prática esse tipo de ação, é que hoje, essas indústrias são responsáveis, por exemplo, por cerca de 2% a 3% das emissões globais de carbono. De acordo com a CEO da Fibracem, uma das maiores e principais fabricantes especializadas no mercado brasileiro de comunicação óptica, Carina Bitencourt, esses dados evidenciam o impacto que ações como economia de energia, reciclagem correta de resíduos e equipamentos e a redução de emissões de carbono por parte das empresas podem significar um avanço com relação à sustentabilidade.

“As práticas ESG vem sendo um dos principais focos de transformação na indústria de telecomunicações. Esse número reflete a crescente conscientização das companhias quanto ao seu impacto no meio ambiente e na sociedade”, comenta a executiva.

No entanto, o desafio ainda vem sendo em criar um modelo de negócios que equilibre inovação com responsabilidade ambiental e social. Entretanto, para Carina Bitencourt, algumas iniciativas internas – aplicadas dentro das próprias indústrias – podem servir como um pontapé inicial para contribuir na jornada sustentável. Ela exemplifica que a criação de comitês de discussões de pautas ESG e o investimento cada vez mais incisivo em tecnologias limpas, contribuem para a indústria com um todo, deixando-o mais eficiente e ecologicamente consciente.

“Esse tipo de comitê, assim como o que desenvolvemos na Fibracem, deve focar em várias frentes, como a adoção de processos produtivos mais limpos, a redução do uso de materiais que geram resíduos não recicláveis e o incentivo a práticas que melhorem o bem-estar dos colaboradores e da própria comunidade”, ressalta Carina Bitencourt.

Com base nessas iniciativas, recentemente a Fibracem reduziu em aproximadamente 46% a destinação de resíduos a aterros sanitários e outros procedimentos como a realização de um inventário detalhado de emissões de gases de efeito estufa (GEE), que serviu como base para a definição de ações, como a compra de energia limpa e certificada pelo I-REC e a gestão responsável da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com análises periódicas da água. “Todos esses resultados positivos fazem parte do Projeto Conexão Verde da companhia, que tem buscado uma promoção mais efetiva e constante da sustentabilidade”, reforça.

Sustentabilidade na fábrica e para além da indústria

Com o aumento da conscientização das questões ESG, o papel das fabricantes vêm ultrapassando seus muros. Segundo o COO da Fibracem, Eryck El-Jaick, o desenvolvimento de soluções para clientes, que evidenciam cada vez mais aspectos como eficiência energética precisa continuar em ritmo crescente e acelerado, justamente como uma resposta ao pensamento de uma modernização sustentável e de longo prazo das redes de fibra óptica e infraestruturas de data centers.

“Pensar no aprimoramento de linhas de produtos que levam o cliente a implantação de sistemas mais eficientes e escaláveis e que favoreçam sustentabilidade deve ser enxergado como um papel importante das fabricantes do segmento de telecomunicações”, afirma El-Jaick.

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