sábado, setembro 28, 2024

54 empresas brasileiras assinam posição global por metas climáticas mais ambiciosas

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54 empresas, incluindo Natura, Nestlé, Siemens Energy e Itaú, membros do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), apoiaram uma Chamada à Ação em favor de NDCs mais ambiciosas. O documento defende políticas de implementação claras, estímulo a investimentos e a ampla participação do setor privado, além de destacar demandas específicas para a NDC brasileira. O posicionamento também convoca as empresas a intensificarem seus esforços com planos de transição corporativa ousados, estabelecendo metas claras e investindo no futuro para alcançar objetivos climáticos e de preservação da natureza ambiciosos.

O CEBDS lançou a Chamada à Ação durante a Semana do Clima em Nova York e discutirá as propostas com autoridades do governo brasileiro. A iniciativa das empresas brasileiras apoia um movimento global por NDCs ambiciosas e que possibilitem maior investimento, que o CEBDS apoia em colaboração com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e a Coalizão We Mean Business (WMBC).

“Como presidente do G20 e anfitrião da COP 30, o Brasil tem o papel de liderar esforços em direção à ambição climática global. Precisamos agir agora para estruturar políticas como o Plano de Transformação Ecológica, o Plano Clima, o Mercado de Carbono Regulado e a Política Nacional de Transição Energética, garantindo que estejam alinhadas com a próxima NDC”, afirma a presidente do CEBDS, Marina Grossi.

De acordo com Peter Bakker, presidente do WBCSD, os governos devem buscar usar as NDCs para impulsionar inovação e investimento. “Governos e empresas precisam trabalhar juntos para fechar a lacuna de implementação e entregar NDCs e planos de transição corporativa. Se os países aproveitarem as oportunidades competitivas combinando políticas governamentais ousadas com inovação empresarial, podemos promover mudanças positivas para as pessoas e o planeta. Através da nossa parceria com o CEBDS, esperamos trabalhar juntos para fortalecer a ação pública e privada em direção à COP30”, afirma.

María Mendiluce, CEO da WMBC, também destaca a grande oportunidade que as novas NDCs representam: “A mensagem que vem da comunidade empresarial e dos investidores é clara: para que as NDCs obtenham os investimentos necessários, elas devem ser apoiadas por estruturas políticas claras e consistentes. As novas NDCs são uma oportunidade para todos os governos impulsionarem investimentos do setor privado em economias resilientes ao clima, alinhadas ao zero líquido e positivas para a natureza, que beneficiem a todos.”

Segundo o Global Stocktake (GST), que é a avaliação global da ONU para monitorar e avaliar a implementação dos objetivos de longo prazo do Acordo de Paris, as NDCs atuais, mesmo se implementadas, não são capazes de alcançar a meta mínima de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. A proposta atual do Brasil é reduzir as emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) em 48% até 2025 e 53% até 2030, em comparação com as emissões de 2005. Nossas metas e as demais mudarão em breve, pois os países precisam submeter novas NDCs até fevereiro de 2025.

Apenas 13% das NDCs atualizadas em 2021 mencionaram a participação do setor privado. Os membros do CEBDS enfatizam que a próxima rodada de NDCs representa uma oportunidade única para as empresas se associarem aos governos e criarem planos sólidos e viáveis. O CEBDS defende políticas e um ambiente regulatório que ofereçam estabilidade, previsibilidade e uma direção clara para inspirar o setor empresarial a se comprometer e investir cada vez mais em iniciativas climáticas e de natureza, possibilitando uma transição justa e equitativa para uma economia de carbono zero.

As empresas que assinaram o documento são:

Accenture, Acciona, Grupo Águas do Brasil, Alcoa, Allos, Amaggi, Approach Comunicação, Arcadis, Arezzo & CO, B3, Banco da Amazônia, Bracell, Bradesco, Braskem, CCR, CEMIG, CMPC, Diageo, Eneva, Engie, Equinor, ERM, FS, Globo, GS Inima, Helexia, ICare, Iguá, Itaú, JBS, Lwart, Marfrig, Michelin, Natura, Neoenergia, Nestlè, New Wave, Norflor, Nutrien, Patri, Renner, Samauma, Santander, Schneider Electric, Siemens Energy, Siemens, Suzano, Syngenta, Tim, Tozzini Freire, Unilever, Vale, Vivo e Yara.

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