Anualmente, cerca de 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos são gerados no mundo e cerca da metade desta quantidade é destinada a embalagens de uso único que poluem aterros, rios e oceanos, segundo dados da PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Neste contexto, os projetos de inovação sustentável estão crescendo e a Melhoramentos é uma das empresas que está investindo em soluções como embalagens de fibra de celulose. =
Graças à expertise do GT Group com a gestão de recursos para acelerar a inovação nas empresas, a Melhoramentos obteve um aporte financeiro para realizar um ciclo de inovação completo por meio do financiamento da Finep e do cashback fiscal da Lei do Bem. Para a Melhoramentos, isso irá resultar na construção de uma fábrica em Minas Gerais voltada para a produção de embalagens sustentáveis em larga escala com um investimento inicial de R$ 40 milhões.
A nova fábrica, localizada na cidade de Camanducaia, entrará em operação no início de 2025 e produzirá 60 milhões de embalagens anuais em sua primeira fase. Essas embalagens são projetadas para resistir à gordura, umidade e temperaturas extremas, podendo ser usadas desde o freezer até o forno a 220 graus, substituindo com eficiência o plástico de uso único. Feitas de matéria-prima renovável, como a fibra de celulose, as embalagens são compostáveis, se decompondo em até 75 dias, além de serem desenvolvidas de acordo com as necessidades de design de cada cliente.
O dinheiro está na mesa
A parceria entre as duas empresas evidencia que é possível superar os desafios tecnológicos e econômicos, resultando em benefícios significativos para o meio ambiente e sociedade. Infelizmente, essa iniciativa faz parte de um grupo ainda pequeno de projetos que se beneficiaram da Lei do Bem.
Muitas empresas estão deixando uma quantidade significativa de dinheiro na mesa ao não utilizarem o principal incentivo fiscal do Brasil para inovação. É o que mostra o Panorama da Lei do Bem 2024, o mais recente estudo do GT Group. Este estudo de mercado exclusivo visa fornecer informações relevantes para ajudar as empresas a aproveitarem os incentivos desta lei para impulsionar a inovação em seus negócios. A publicação constatou que, embora a Lei do Bem tenha beneficiado um número crescente de empresas, ela ainda cobre menos da metade dos investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) realizados pelas empresas brasileiras.
Uma outra conclusão que o Panorama traz é que, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apesar do aumento de 16% no número de empresas participantes em relação ao ano anterior, a Lei do Bem contou com a participação de apenas 3493 empresas. O total investido em atividades de PD&I alcançou R$ 35,74 bilhões, um aumento de 31% em relação a 2021. O investimento médio por empresa também subiu, atingindo aproximadamente R$ 10 milhões, 13% a mais que no ano anterior. Esses números refletem uma recuperação econômica pós-pandemia e uma confiança renovada na eficácia da Lei do Bem.
“Apesar do crescimento expressivo nos investimentos e no número de empresas beneficiadas, ainda há um enorme potencial inexplorado. A Lei do Bem poderia estar impulsionando ainda mais a inovação no país,” afirma Fabrizio Gammino, sócio fundador do GT Group.