segunda-feira, dezembro 30, 2024

É preciso agir, com senso de urgência e em escala

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É preciso agir, com urgência e em larga escala. Essa é a mensagem de António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ao comentar dados de relatório recente que aponta que apenas 17% das metas relativas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 tiveram avanços relevantes. Isso significa, por exemplo, que a pobreza e a fome estão aumentando no mundo, as desigualdades se aprofundam e educação de qualidade não é uma realidade para todas as crianças. 

A própria ONU realizará, em setembro próximo, em Nova Iorque, a Cúpula do Futuro, que terá a participação de chefes de Estado, ministros, especialistas e representantes da Sociedade Civil. A intenção é encorajar os países-membros a adotarem o Pacto para o Futuro, com ações concretas a serem implementadas pelos governos, empresas e populações de todo o mundo.

Paulo Emilio de Castro. Foto: Pedro Vilela / Agencia i7

Empresas e organizações da sociedade civil podem contribuir para colocar em prática esse movimento em favor do planeta e da humanidade. Muitos são os bons exemplos que podem ser compartilhados e um deles é o projeto Escola Nota 10, iniciativa da MRV para promover a alfabetização de trabalhadores da empresa. Em uma sala de aula montada nos canteiros de obras, a companhia oferece aulas durante o período de trabalho para colaboradores que não tiveram garantido o direito à educação, quando tinham idade escolar.  Ao longo de 13 anos, mais de R$4 milhões já foram investidos para promover a formação de 4.800 trabalhadores-alunos. Este projeto revela o impacto social positivo que as empresas podem ter na vida das pessoas e das comunidades ao seu redor.

O segundo exemplo é o trabalho realizado pelo Instituto iungo junto a professores das redes públicas de ensino do país. Por meio de diversos programas de formação continuada, a organização já contribuiu para o desenvolvimento profissional de mais de 300 mil educadores. Uma das iniciativas mais importantes é o Programa Nosso Ensino Médio, que apoia professores dessa etapa de ensino a construírem um trabalho consistente junto aos estudantes. Outro programa de destaque realizado pelo iungo é o Itinerários Amazônicos, em parceria com a rede Uma Concertação pela Amazônia, Instituto Reúna e secretarias de educação de estados da Amazônia Legal, dentre eles o Amazonas e o Pará. No Itinerários Amazônicos, professores das escolas públicas recebem formação para que possam trabalhar aspectos históricos, ambientais, sociais, culturais, econômicos e territoriais da Amazônia com seus alunos, nas diversas áreas de conhecimento (matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas). Assim, possibilitam que os jovens do Ensino Médio conheçam sobre a Amazônia de modo profundo e, mais que isso, sintam-se preparados para agir cotidianamente numa perspectiva sustentável.

Essas contribuições são estruturantes em relação aos ODS, com destaque para os objetivos “cidades e comunidades sustentáveis” e “consumo e produção responsáveis”, no caso da MRV, e “educação de qualidade” e “ação contra a mudança global do clima”, para o iungo. Os governos, as empresas e as organizações da sociedade civil são corresponsáveis pela adoção de políticas, estratégias e programas que irão nos levar ao desenvolvimento sustentável. Mas isso irá se efetivar se investirmos nas pessoas e se formos capazes de transformar discurso em ações concretas.

Eduardo Fischer, CEO da MRV e Paulo Andrade, CEO do Instituto iungo.

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