quinta-feira, dezembro 5, 2024

Certificação de créditos de carbono é facilitada com metodologia brasileira

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A metodologia nacional para a certificação de crédito de carbono é uma grande aliada no cenário de sustentabilidade no Brasil. A Tero Carbon, certificadora brasileira de ativos ambientais, utiliza a Plataforma Tero para acelerar o processo de certificação de projetos e registro das operações com os ativos, desde a cunhagem até a sua aposentadoria.

O principal benefício do emprego de metodologias nacionais é a sua conexão com a realidade brasileira, evitando-se assim, conflitos culturais e práticas que frequentemente ocorrem com normas estrangeiras. Além disso, as metodologias são desenvolvidas com métodos de quantificação oriundas de institutos de pesquisa e ensino locais, valorizando o trabalho de pesquisadores brasileiros.

“Este alinhamento estratégico com as particularidades do país, estados e municípios, além de potencializar o recolhimento de impostos e a geração de empregos diretos, garante um maior engajamento dos envolvidos”, afirma Francisco Higuchi, CEO da Tero Carbon. Segundo ele, empresas internacionais, especialmente da Europa, EUA e Ásia, podem não ter a mesma confiança no material humano local, o que talvez gere insegurança e desconforto entre os proprietários rurais brasileiros.

Com o emprego de metodologias nacionais, a certificação torna-se mais acessível e confiável para o mercado local. Do ponto de vista técnico-científico, a metodologia não difere das internacionais. A grande vantagem está na abordagem específica, que valoriza o conhecimento local e a realidade geográfica – como é o caso da Amazônia, uma região de aproximadamente 5 milhões de km² onde é fácil imaginar que só existem grandes propriedades rurais, enquanto a prática demonstra o contrário.

A certificação da Tero Carbon também garante que os consumidores de créditos de carbono não precisem ser “experts”, pois ela assegura que os investimentos estejam em ativos reais e íntegros, com avaliações independentes que verificam a legitimidade dos projetos. “Todos os resultados dos projetos que pleiteiam a geração de créditos de carbono devem ser mensuráveis, reportáveis e verificáveis. Estes devem ser objetivos e sem margem de interpretação. Projetos em imóveis rurais só podem ser implementados em áreas documentadas e com o consentimento dos gestores do imóvel,” ressalta Francisco Higuchi.

O projeto de créditos de carbono de remoção pela cultura de café foi o primeiro certificado com metodologia 100% nacional pela Tero Carbon. Ao todo, foram contabilizadas 1.937 tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente) na Fazenda Santa Bárbara. Localizada na cidade de Monte Carlo, em Minas Gerais, a propriedade tem uma área de cultivo de 64 hectares de coffea arabica. “A geração desses créditos de carbono é referente a remoção do carbono pela cultura, ocorrida em um período de 9 anos – de 2015 a 2024 – e seria suficiente para compensar as emissões de uma população de aproximadamente 176 pessoas”, explica o CEO da certificadora.

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