A importância e a busca pela acessibilidade vêm crescendo cada vez mais na sociedade. Infelizmente, só no Brasil, segundo o Panorama de Acessibilidade Digital, realizado pela Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital, cerca de 54% das companhias não possuem conhecimento ou utilizam a acessibilidade em seus serviços.
Ainda de acordo com o estudo, apenas 30% das empresas se preocupam com a inclusão dos funcionários e 18%, com a inclusão das pessoas consumidoras. “Muitas organizações não acreditam que, entre seu público, estão pessoas com deficiência ou que precisam de algum recurso de acessibilidade para consumir seus produtos e serviços. Logo, é importante investir em iniciativas para promover a acessibilidade dentro do ambiente digital”, explica Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk.
Diante disso, Tenório lista algumas soluções que beneficiam as pessoas com deficiência, não apenas em relação às empresas, mas também para sociedade. São elas:
1. Sistemas ativados por voz
Sistemas ativados por voz são tecnologias que possibilitam o controle de dispositivos por meio de comandos de voz. Eles fazem com que pessoas com deficiência física ou visual possam usar aparelhos eletrônicos de forma mais fácil e independente, ligando a televisão sem precisar sair do sofá, por exemplo.
2. Assistentes de navegação
Assistentes de navegação são dispositivos ou aplicativos que fornecem orientação e informações sobre o ambiente ao redor, sendo especialmente úteis para quem tem alguma deficiência visual. Um exemplo legal é o aplicativo Be My Eyes, que conecta pessoas com deficiência visual com pessoas que enxergam por meio de videochamadas. Assim, elas podem “emprestar seus olhos” para ajudar em tarefas do dia a dia.
3. Serviços de legenda
São recursos que transformam o conteúdo de áudio em texto, tornando-o acessível para pessoas surdas, com deficiência auditiva, que não conhecem o idioma sendo falado ou simplesmente que não podem escutar o conteúdo no momento.
4. Casas inteligentes
As casas inteligentes são residências equipadas com tecnologia IoT (Internet das Coisas) que permite controlar dispositivos e sistemas de forma remota e automatizada. Ela promove a acessibilidade a partir de diversos recursos assistivos para pessoas com deficiências, dentre eles, permitindo acender, apagar, trocar a cor e a intensidade da luz por comandos. É a mesma lógica dos sistemas ativados por voz, proporcionando uma maior independência e conforto para pessoas com deficiência, especialmente aquelas com mobilidade reduzida, facilitando o dia a dia.
5. Sumarização de conteúdo por IA para acessibilidade cognitiva
Aplicação de algoritmos de Inteligência Artificial nada mais é do que o uso de tecnologia para resumir textos longos e complexos, tornando-os mais acessíveis para pessoas com dificuldades cognitivas. Essa é uma grande ferramenta acessível, permitindo que as pessoas absorvam informações importantes de forma mais eficiente e compreensível.
6. Robótica assistiva personalizada
A robótica assistiva personalizada refere-se ao desenvolvimento de robôs adaptados às necessidades específicas de pessoas com deficiência, auxiliando em tarefas do dia a dia, como locomoção, manipulação de objetos e comunicação. Um ótimo exemplo é pensar em monitores de bebê que vibram e mudam de cor para sinalizar para um pai ou uma mãe de surdos que seu filho está chorando.
Evento
Pensando em aumentar a visibilidade dessa causa, a Hand Talk apresenta, nos dias 7 e 8 de agosto, a 7ª edição do Link Festival, o maior festival de acessibilidade digital da América Latina. Neste ano, o evento acontecerá em dois dias com palestras e trilhas de conteúdos, apresentações artísticas e a 3ª edição do Prêmio Líderes de Acessibilidade, premiação que reconhece empresas e organizações sem fins lucrativos, profissionais e influenciadores com iniciativas que visam o desenvolvimento da acessibilidade no Brasil.
