A descarbonização está cada vez mais presente no dia a dia das empresas, principalmente, no setor de climatização de ambientes. Com o crescimento da indústria farmacêutica – previsto para incrementar o volume de vendas em cerca de 10% neste ano, de acordo com o Sindusfarma -, o desenvolvimento de tecnologias para torná-la mais sustentável é um imperativo para as companhias do setor de Aquecimento, Ventilação, Ar-Condicionado e Refrigeração (AVAC-R).
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), prédios, galpões e outras edificações são responsáveis por 26% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Esse cálculo inclui a energia consumida para o aquecimento, resfriamento e iluminação, assim como outros equipamentos neles instalados.
“Por isso, torna-se cada vez mais necessário desenvolver soluções de climatização e controle de temperatura que contribuam com a descarbonização das instalações de nossos clientes”, destaca Giancarlo Delatore, executivo de Vendas sênior da Trane Brasil, líder no setor de soluções de climatização e controle de temperatura.
Estratégias de descarbonização
Entre as estratégias do setor de AVAC-R propostas para a descarbonização das construções, destaca-se a eletrificação de calor. Nesse sentido, os equipamentos como as bombas de calor, alimentadas por energia elétrica em vez de combustíveis fósseis como gás natural, carvão ou petróleo para aquecer e refrigerar edifícios, vêm ganhando cada vez mais espaço nos sistemas de climatização.
“Apesar do nome, elas não geram calor. Essas bombas transferem o calor de áreas com excesso para áreas que precisam de mais calor. Devido às leis da termodinâmica, é necessário menos energia para transferir calor do que para gerá-lo, o que resulta em economia significativa de energia e custos. Além disso, elas são até três vezes mais eficientes do que outras formas de aquecimento ou resfriamento elétrico, por exemplo”, explica Delatore.
O executivo conta ainda que as tecnologias existentes podem proporcionar reduções significativas de energia e custos, melhorando a eficiência energética e, consequentemente, a pegada de carbono na indústria farmacêutica. Isso, sem comprometer o conforto térmico interno. “Com uma gestão responsável e opções por alternativas sustentáveis é possível fazer com que as instalações cumpram as metas de descarbonização e possam até mesmo eliminar emissões”, complementa.