Uma nova metodologia para a geração de créditos de carbono voltada aos setores de mobilidade e de serviços de entrega chega ao mercado. A Tero Carbon, certificadora digital de ativos ambientais brasileira com DNA genuinamente amazônico, acaba de anunciar a aprovação da TERO.005 – Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) por Veículos Elétricos. A metodologia é a primeira a integrar o Programa de Soluções Baseadas na Tecnologia (TBS) da certificadora nacional. Ela está posicionada no Setor de Transporte.
Desenvolvida pela BVM12, a metodologia passou pelo processo de audiência pública no último mês e visa gerar créditos de carbono ao reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio da substituição gradual da frota a combustão para a de bateria. “Esse processo estratégico busca mitigar a poluição atmosférica limpa e sustentável”, explica Francisco Higuchi, CEO da Tero Carbon e doutor em Ecologia e Manejo de Florestas Tropicais (UFPR/INPA/ FFPRI Japão). Além da diminuição significativa das emissões de GEE, a metodologia traz outros benefícios que contribuem para o setor de transporte, como eficiência e economia. “Os veículos elétricos consomem menos energia e promovem custos operacionais reduzidos a longo prazo”, afirma Higuchi.
A busca pela descarbonização da frota veicular tem se tornado uma tendência mundo afora. Segundo estudo do Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT Brasil), os veículos a bateria (BVE) – em todo o seu ciclo de vida – conseguem alcançar uma redução de 64 a 67% nas emissões de gases de efeito estufa, em comparação com os tradicionais a combustão com motores flex.
No Brasil, os carros eletrificados estão na mira de 50% dos consumidores, de acordo com um estudo da Teads, plataforma global de mídia. “O brasileiro tem buscado alternativas ambientalmente e economicamente alinhadas com o que já é praticado em outros países. Todas as alternativas aos combustíveis fósseis são bem-vindas, visto que elas contribuem significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera”, avalia o CEO da Tero Carbon.
Com a publicação da metodologia pela Tero Carbon, os desenvolvedores estão aptos a submeter seus projetos, pleiteando a geração de ativos ambientais. O tipo do ativo gerado é o crédito de carbono originado pela redução de emissões de GEE.
Critérios de elegibilidade
Para serem elegíveis à metodologia TERO.005, as empresas precisam atender aos seguintes princípios:
Ser pessoa jurídica instalada no Brasil com frota veicular ou empresa de aplicativos para logística ou mobilidade;
Ser proprietária de veículos elétricos ou comprovados por meio de contratos de locação ou arrendamento;
Contar com ao menos 5% ou 50 veículos elétricos (próprios e/ou locados) na sua frota terrestre;
Apresentar compromisso voluntário da substituição da matriz de combustível da frota terrestre;
Não ter um projeto de redução de emissões de GEE por substituição de matriz de combustível por meio de substituição de veículos à combustão por veículos elétricos registrado/certificado por outro padrão/ metodologia no mesmo período de creditação utilizando os mesmos veículos;
Demonstrar meios de Mensuração, Reporte e Verificação (MRV) para a coleta dos dados usados na quantificação da redução de emissões de GEE.
Sobre a BVM12
A BVM12 é uma plataforma de negócios da economia verde que utiliza blockchain para simplificar a transação de créditos de carbono e impulsionar o reflorestamento na Amazônia.
Sobre a Tero Carbon
A Tero Carbon é uma certificadora digital de créditos e estoque de carbono. Criada em Manaus, em 2022, a empresa utiliza metodologias exclusivas, voltadas para a realidade brasileira e que seguem as orientações técnicas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), além de ser a primeira do segmento com DNA genuinamente amazônico. Seu corpo técnico possui mais de 15 anos de experiência no desenvolvimento de projetos de carbono florestal na Amazônia, com expertise sobre a logística da região e aspectos sociais das comunidades tradicionais. A certificadora utiliza a tecnologia blockchain para conferir segurança, confiabilidade e rastreabilidade ao processo de certificação de ativos ambientais e conta com o apoio de instituições renomadas do setor, entre as quais: Incubadora de Empresas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (IE-INPA), entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Federação Nacional das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e da venture builder VB92 Launch Hub.
