quarta-feira, fevereiro 5, 2025

GoodTruck Brasil resgata 298 toneladas de alimentos e transforma em 1,4 mi de refeições complementadas

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No primeiro semestre do ano o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), revelando que 64,2 milhões de brasileiros, que representam 27,6% da população, vivem em situação de insegurança alimentar. A pesquisa classifica essa condição em três níveis: insegurança alimentar leve, que afeta 18,2% dos domicílios e se caracteriza pela incerteza sobre a disponibilidade futura de alimentos; insegurança alimentar moderada, presente em 5,3% das famílias, onde há redução no consumo de alimentos para evitar a falta total. E insegurança alimentar grave, que atinge 4,1% dos lares, onde a falta de alimentos envolve tanto adultos quanto crianças.

Mesmo o país estando entre as dez maiores economias do mundo, uma em cada quatro famílias enfrenta a fome. O cenário é agravado por fatores como a desigualdade de gênero e raça, onde 19,3% das famílias em insegurança alimentar são chefiadas por mulheres, e lares compostos por pessoas negras têm 1,4 vezes mais chances de enfrentar essa situação.

Em meio a essa crise, a Associação GoodTruck Brasil se destaca como uma iniciativa crucial no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Fundada em 2016, a associação possui parceria com supermercados, varejistas e distribuidores de alimentos, com parceiros em seis cidades pelo país. O GoodTruck Brasil atua no recolhimento de hortifrutis não vendidos e alimentos industrializados próximos da data de vencimento de supermercados parceiros. Esses alimentos, que perderiam seu valor de mercado e seriam descartados, são resgatados e destinados a famílias em situação de vulnerabilidade.

“Por mês, nosso trabalho tem destinado mais de 25 toneladas de frutas, legumes e vegetais para, hoje, 14 comunidades em vulnerabilidade”, revela Renata Gonçalves, Presidente e Diretora Executiva do GoodTruck Brasil. Em 2023, a ONG resgatou 298 toneladas de alimentos, realizou 649 coletas e distribuiu mais de 36 mil kits para famílias em vulnerabilidade social. “O processo envolve a coleta e triagem dos alimentos, que são então transformados em kits variados compostos por cerca de sete a oito quilos de alimentos perecíveis em parceria com associações locais e lideranças comunitárias, onde complementaram mais de 1,4 milhão de pratos”, explica Renata. O cálculo realizado considera 200g de FLV (frutas, legumes e verduras) por refeição, seguindo a recomendação de 400g de FLV por pessoa por dia, segundo a OMS.

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