quinta-feira, janeiro 2, 2025

Empresas brasileiras enfrentam desafios na mensuração da diversidade interna

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A mensuração da diversidade interna nas empresas brasileiras ainda é um grande desafio, de acordo com a Pesquisa de Diversidade realizada pela to.gather, startup pioneira em soluções de análise de dados de diversidade para RH. Apesar da crescente importância e sensibilidade do tema, muitas ações de diversidade são implementadas sem o devido embasamento em dados concretos.

Segundo a pesquisa, 81,3% das empresas afirmam medir sua diversidade interna, mas a maioria (74,9%) ainda se baseia em documentos de admissão que, frequentemente, não abrangem todos os grupos sub-representados e podem não refletir a realidade completa dos indivíduos, como identidade de gênero e orientação sexual. Apenas 45,5% das empresas utilizam censos de diversidade, considerados o meio mais adequado para mensuração, pois envolvem a autodeclaração dos funcionários e cobrem aspectos essenciais como raça, gênero, orientação sexual, deficiência, entre outros.

Essa dificuldade na coleta de dados é ainda mais evidente na inclusão LGBTQI+, com apenas 41,5% das empresas conseguindo mapear esse público dentro de suas organizações. Essa baixa visibilidade impacta diretamente nas ações de inclusão, tornando-as mais generalistas e menos efetivas.

“É crucial que as empresas incorporem uma cultura de dados e people analytics em suas pautas de diversidade. Esse é um passo fundamental para direcionar ações de forma mais adequada e obter resultados mais rápidos e efetivos”, destaca Felipe Vasconcelos, co-fundador e Líder de Analytics na to.gather.

A necessidade de mensuração de diversidade foi apontada como um desafio por 35,6% das empresas, e essa demanda tende a crescer nos próximos anos, com a pressão crescente por reportes de resultados tanto pela liderança interna quanto pelo mercado. Atualmente, 75,8% das empresas já realizam reportes internos sobre diversidade, com 72,1% deles destinados à alta liderança. A pressão externa também é crescente, com 33,2% das empresas publicando seus números de impacto social e 29,4% reportando a órgãos financeiros como exigido pela CVM e B3.

“As decisões principais sobre gestão de pessoas, como engajamento, recrutamento e desenvolvimento, já são baseadas em dados e com diversidade não deveria ser diferente. No entanto, o RH enfrenta desafios contínuos na coleta e processamento desses dados. A to.gather foi criada justamente para ajudar as empresas a superar essas barreiras e avançar de forma assertiva na pauta de diversidade”, afirma Erika Vaz, CEO da to.gather e uma especialista com 12 anos de experiência em consultoria de RH.

A pesquisa também revela que 53,6% das empresas projetam um aumento na necessidade de reportar seus dados e progressos em diversidade, tanto internamente quanto externamente, nos próximos anos. Além disso, 61,9% esperam um aumento nas exigências por acompanhamento de metas e resultados na área.

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