Com foco na redução de impactos ambientais a partir de iniciativas de economia circular, a Arteris, especialista em gestão de rodovias, ampliou o uso de asfalto reciclado nas rodovias que administra. Estudos feitos em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) demonstram que a aplicação do Reclaimed Asphalt Pavement (RAP), como é tecnicamente chamado, pode reduzir de 27% a 50% as emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera durante seu ciclo de vida em comparação com o asfalto convencional.
Após projetos com seu uso na fabricação a misturas asfálticas à quente, conhecidas como CBUQ, atualmente, o asfalto reciclado está sendo incorporado no microrrevestimento asfáltico – técnica utilizada para corrigir pequenas fissuras e irregularidades na superfície do pavimento pela concessionária Arteris ViaPaulista, no interior de São Paulo. “O uso do RAP foi testado inicialmente como projeto piloto nas rodovias Fernão Dias e Litoral Sul e, em breve, também deverá ser replicado para outras concessionárias da companhia. A iniciativa também faz parte do plano de descarbonização presente na nossa Agenda ESG e que é importante para mitigar as mudanças climáticas que afetam todo o país”, explica Celso Romeiro Júnior, superintendente de Pavimentos da Arteris.
O microrrevestimento asfáltico melhora a durabilidade do pavimento, além de ser uma solução de custo reduzido e menor retirada de recursos naturais do meio ambiente. Apesar de ser aplicado em camadas finas, geralmente de espessura de 10 a 15 milímetros, o microrrevestimento proporciona maior aderência, mesmo com a passagem diária dos veículos, segundo os estudos realizados com a USP desde 2019.
O RAP é gerado pelas atividades de manutenção da Arteris a partir da fresagem de pavimento antigo, sendo posteriormente transportado para usinas onde é incorporado na fabricação de novas misturas asfálticas que serão usadas nas intervenções ao longo das rodovias, diminuindo a necessidade de uso de novos materiais para esse fim.