segunda-feira, outubro 21, 2024

Energia Solar: São Paulo lidera geração distribuída no Brasil

Compartilhar

O estado de São Paulo lidera a geração solar distribuída no Brasil, com 4 mil Megawatts (MW) de potência instalada, o equivalente a 14% da produção nacional. Em seguida estão os estados de Minas Gerais (3,7 mil MW), Rio Grande do Sul (2,7 mil MW) e Paraná (2,6 mil MW), segundo informações atualizadas em maio pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).  A Geração Distribuída abrange os sistemas de microgeração e minigeração (até 5MW) instalados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

“Além de ser o maior mercado consumidor do Brasil, um dos fatores que impulsionam o estado de São Paulo como o principal produtor de energia solar distribuída é a legislação, que desde o final de 2022 prevê a isenção do imposto sobre circulação para microgeradores, minigeradores e centrais de geração de energia solar, de acordo com o Decreto Legislativo 2.531/22”, explica Leandro Kuhn CEO da L8 Group, que atua na industrialização e distribuição de sistemas fotovoltaicos por meio da L8 Energy, empresa paranaense que recentemente transferiu a operação de distribuição para São Paulo, a fim de atender a demanda crescente no estado.

Em todo o Brasil são aproximadamente 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos ligados à rede, sendo que 79% estão em imóveis residenciais. Em seguida estão os sistemas instalados no comércio e serviços (10,51%), e em propriedades rurais (8,65%), de acordo com dados da Absolar.  “Muitos consumidores já perceberam as vantagens da energia solar e estão investindo em sistemas próprios de geração distribuída. Além dos benefícios econômicos, com diminuição dos custos com eletricidade, a energia solar é ambientalmente sustentável e reduz a dependência do consumidor das operadoras que atuam no mercado regulado”, ressalta Leandro Kuhn.

A descentralização da energia elétrica é apontada por ele como uma das principais tendências das cidades para atender à demanda futura por energia elétrica. Leandro Kuhn explica que ao mesmo tempo que a geração distribuída ajuda a aumentar a potência instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN) ela não deixa o consumidor totalmente refém das operadoras, uma vez que estará produzindo a sua própria energia mesmo se houver desabastecimento momentâneo. “Este é um movimento que já começou e está ganhando cada vez mais força no Brasil, mas precisamos acelerar essa transição energética, para que possamos acompanhar as transformações da sociedade digitalizada em que vivemos”, explica.

Segundo a Absolar, a energia fotovoltaica é a segunda maior fonte na matriz elétrica brasileira, com 41,8 Gigawatts (GW) de potência instalada, o equivalente a 18,2% de toda a energia elétrica produzida no país. A principal fonte de energia elétrica ainda é a hídrica, com 47,8% do mercado e mais de 109,9 GW de potência instalada.

Leia Mais

Outras Notícias