Com atuação voltada ao desenvolvimento sustentável e metas ambientais estabelecidas logo após o Acordo de Paris de 2015, a Vivo anuncia novos compromissos para impulsionar a agenda ESG pelo clima e diversidade. A companhia pretende atingir o net zero (zero emissões líquidas), até 2035, cinco anos antes do previsto, desafio considerado inédito para grandes empresas do setor. Como contribuição à economia circular, planeja ampliar em 150% o volume de resíduo eletrônico acumulado, coletado com consumidores, por meio do programa Vivo Recicle, chegando a 225 toneladas no período entre 2024 e 2035. No Social, outro pilar prioritário para a Vivo, a companhia pretende fortalecer seus compromissos pela diversidade racial e de gênero. Almeja 40% de mulheres em posição de alta liderança e 45% em posições de liderança. A empresa também pretende chegar a 40% pessoas negras em cargos de liderança e a 45% de negros no quadro geral de colaboradores, até 2035.
O anúncio foi feito pelo CEO da Vivo, Christian Gebara, nesta segunda-feira (14), em evento para convidados, no Teatro Vivo. A iniciativa contou a presença do professor Carlos Nobre, climatologista, referência mundial em estudos sobre o clima em painel sobre “Mudanças Climáticas, Desafios para a Humanidade”. Em outro painel, a líder de Diversidade e Inclusão do Pacto Global, Verônica Vassalo, a diretora geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Valéria Café, e o diretor executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Ricardo Mastroti, debateram sobre “O Papel decisivo dos negócios para o Desenvolvimento Sustentável”, com a mediação do vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo, Renato Gasparetto.
“Para frear o aquecimento global é preciso unir e transformar os diferentes setores da economia rumo a zero emissões líquidas de carbono. Por isso, anunciamos voluntariamente a antecipação da nossa principal meta ESG, movendo também nossa cadeia de valor e trazendo ainda novos compromissos, em circularidade dos resíduos eletrônicos e diversidade, outros desafios importantes para a nossa sociedade”, revela o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo, Renato Gasparetto.
Proteção do Planeta
Para chegar ao net zero em 2035 conforme a ciência, a Vivo deverá atingir 90% de redução de emissões em toda a cadeia de valor (escopos 1, 2 e 3), incluindo as emissões de fornecedores, que hoje representam 74% do total. Os 10% de emissões remanescentes serão neutralizadas por meio do investimento, principalmente, em projetos de restauração de florestas em diferentes biomas neste mesmo período.
“A transformação de nossa cadeia de fornecedores para o net zero é nosso grande desafio atual e oportunidade de fazer a diferença pelo planeta. Iniciamos, há dois anos, uma importante jornada junto aos nossos 125 fornecedores carbono intensivos, que respondem por cerca de 85% das emissões da nossa cadeia de suprimentos e agora miramos novos desafios”, destaca Gasparetto.
A empresa mantém um programa estruturado de sensibilização, engajamento e consultoria, como auxílio na elaboração de inventários e planos de ação para que os fornecedores carbono intensivos assumam compromissos e metas de ambientais voluntárias. Em apenas dois anos do programa, a Vivo conseguiu dobrar o percentual de empresas atuando pelo clima e já possui 61% delas engajadas nesse propósito. A companhia incorporou em seu processo de compra requisitos de sustentabilidade e, desde o início deste ano, enfatizou em contratos a solicitação a seus fornecedores de serviços intensivos em carbono, que estabeleçam metas de redução de emissões alinhadas com a iniciativa Science Based Targets (SBTi). Outra medida será reconhecer e premiar os fornecedores, diferenciando os que mais se destacarem no programa
Jornada pelo clima
A atuação da Vivo no pilar ambiental está fundamentada em um Plano de Ação Climática e alinhada aos desafios do grupo Telefônica, com metas de curto, médio e longo prazo validadas pela ciência (SBTi). A empresa foi a primeira do setor, e do grupo Telefônica, fora da Europa, a consumir energia 100% de fontes renováveis ainda em 2018, 12 anos antes do previsto. Neste mesmo ano, deu início à expansão das suas usinas de geração distribuída. Atualmente, possui 68 usinas de fontes solar, hídrica e de biogás em todas as regiões do país. Juntas, elas já produzem 613 mil MWh/ano, energia suficiente para abastecer 293 mil residências e respondem por 35,5% do consumo total da Vivo.
Em 2019, tornou-se neutra em carbono, compensando as emissões que ainda não podem ser evitadas, por meio do investimento em projetos de preservação e restauração da Floresta Amazônica no Amapá e mais recentemente, no norte do Mato Grosso. Como resultado de suas amplas medidas de descarbonização, em apenas oito anos, a Vivo reduziu em 90% suas emissões próprias de gases de efeito estufa, atingindo a meta cujo prazo era 2030, em sua última revisão. A empresa saiu de 264 mil toneladas emitidas, em 2015, para 25,5 mil toneladas, em 2023, mesmo com a expansão de sua rede e clientes.
Economia circular
A circularidade é parte da estratégia de descarbonização da Vivo e fonte importante de matéria-prima para a indústria tecnológica. A companhia foi a primeira grande empresa do setor no Brasil a se posicionar de forma ampla sobre a reciclagem de eletrônicos, com o objetivo de incentivar o consumo consciente junto aos consumidores. “Queremos ajudar o Brasil, um dos maiores produtores de resíduos eletrônicos do mundo, conforme o relatório “The Global E-Wast Monitor a vencer este importante desafio ambiental da era digital, que são os resíduos eletrônicos, diminuir o uso de recursos naturais e proteger o meio ambiente do descarte inadequado dos resíduos”, destaca Gasparetto.
Para isso, a empresa se compromete a aumentar em 150% o total acumulado reciclado desde o início do programa Vivo Recicle. A proposta é sair de 150 toneladas acumuladas, entre 2006 e 2023, para 225 toneladas nos próximos 12 anos, chegando a 375 toneladas até 2035. Para chegar a esse objetivo, a Vivo pretende mobilizar fabricantes, grandes clientes corporativos, além de promover ações de incentivo em lojas, com 1,8 mil pontos de coleta, e de campanhas de massa junto aos consumidores. A empresa também envolve jovens de instituições beneficiadas pela Fundação Telefônica Vivo em ações do programa.
Compromisso com a diversidade
No pilar Social, a Vivo tem a diversidade como fator primordial para a inovação. “Entendemos que para sermos uma empresa sustentável, precisamos ser, acima de tudo, uma empresa diversa e inclusiva. Queremos nos consolidar como uma das empresas mais diversas do país e avançar como referência em equidade racial e de gênero”, revela a vice-presidente de Pessoas da Vivo, Niva Ribeiro. Em seu programa Vivo Diversidade, a empresa desenvolve, desde 2018, ações nos pilares de gênero, LGBTI+, raça e pessoas com deficiência, além de profissionais 50+, de modo transversal.
A empresa mantém programas de capacitação, iniciativas de acessibilidade e vagas afirmativas. Só em 2023, foram cerca de 2,7 mil vagas abertas para talentos diversos, como Pessoas com Deficiência, LGBTI+, mulheres, negros e 50+. Nos programas de trainee e estágio, 50% das posições foram voltadas exclusivamente para talentos negros.
Em seu novo desafio, a empresa pretende ampliar para 40% o número de mulheres em posição de alta liderança e para 45% em posições de liderança, até 2035. No pilar de raça, o principal desafio da Vivo para 2035 é chegar a 40% pessoas negras em cargos de liderança, com 45% de negros no quadro de colaboradores. Hoje, 42,1% de colaboradores da Vivo são negros, sendo que 33,1% estão em cargos de liderança. “Superamos nossa meta para 2024 que era de 40% de colaboradores negros e 30% para negros em cargos de liderança”, destaca a executiva.
Governança para assegurar avanços
Para evoluir na agenda ESG, a Vivo busca o envolvimento de todas as áreas da companhia. A empresa possui dois Comitês de Sustentabilidade: um em nível executivo, com a participação de gestores de negócios e presidido pelo CEO da empresa, e outro vinculado diretamente ao Conselho. Como uma das medidas para impulsionar toda a organização em sustentabilidade, desde 2019, 20% da remuneração variável dos executivos da Vivo está atrelada às metas ESG, como redução de emissões e diversidade.
Estas e outras ações conduziram a Vivo à liderança de rankings nacionais e internacionais de sustentabilidade. Em janeiro deste ano, tornou-se a empresa mais sustentável do Brasil no ISE B3, composto por 78 companhias, de 36 diferentes setores. Pelo 4º ano consecutivo, também está presente entre as líderes no The Sustainability Yearbook2024 da S&P, ocupando o TOP 10, com a 8ª posição do no ranking global do setor, e a 1ª colocação nas Américas. É a empresa brasileira com a melhor pontuação em todos os setores avaliados (87 pontos).